Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Sorrini, Taísi Bech |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-06042022-164153/
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Resumo: |
A mudança no uso da terra alterou as paisagens naturais nos trópicos, reduzindo a cobertura florestal e comprometendo os serviços ambientais. Na tentativa de recuperar áreas degradadas e cumprir a legislação ambiental, projetos de adequação ambiental tornaram-se instrumentos fundamentais para compatibilizar a conservação dos recursos naturais e a produção agropecuária. Desse modo, a formação qualificada de profissionais e a avaliação dos aspectos ecológicos e socioeconômicos dessas paisagens garantem múltiplos benefícios aos locais restaurados e ao seu entorno. Neste contexto, esta pesquisa monitorou os benefícios ecológicos, produtivos e educacionais associados ao Programa de Adequação Ambiental (PAA) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo. Para isso, realizamos as seguintes avaliações, com base nas fases pré e pós adequação ambiental do campus da ESALQ/USP com base na implementação de ações para o cumprimento do Código Florestal de 1965: i. mudança da cobertura florestal nativa total e em Áreas de Preservação Permanente (APPs); ii. variação do déficit de floresta nativa em APPs; iii. estocagem e balanço de carbono nos reflorestamentos; iv. infiltração de água nos solos das restaurações florestais e usos agropecuários; v. oscilação da produtividade pecuária; e vi. quantificação da participação de alunos em atividades de ensino e extensão nos reflorestamentos. Verificamos que o PAA, motivou o aumento de 91% da cobertura florestal nativa na área de estudo, zerando o déficit de vegetação em APPs. Os plantios de restauração propiciaram a neutralização anual média de 7,6% das emissões totais de CO2 do campus e a recuperação dos processos hidrológicos por meio da infiltração mais eficiente de água no solo em comparação com os usos agropecuários. Esses reflorestamentos não implicaram em perdas de produção pecuária, uma vez que o rebanho bovino aumentou em média 78% no período. Adicionalmente, as ações de restauração promoveram atividades de pesquisa e extensão para 272 discentes, e contribuíram para o ensino de 290 alunos de graduação por ano. Portanto, o Plano de Adequação Ambiental do campus Luiz de Queiroz, resgatou a multifuncionalidade das paisagens florestais mediante a recuperação da cobertura florestal nativa, reabilitação de serviços ecossistêmicos, produção agropecuária e formação técnico-científica do seu corpo discente. No entanto, destacamos a necessidade de monitoramento constante do desenvolvimento das florestas em restauração, visando à adoção de ações corretivas para salvaguardar sua sustentabilidade ecológica. |