Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Batista, Christyann Lima Campos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5141/tde-27032023-113219/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: Os programas de educação na primeira infância (EPI) são fundamentais para o apoio às famílias que trabalham. Os efeitos positivos destes programas podem ser influenciados pela variabilidade de estímulos e qualidade da estimulação, que podem afetar domínios do desenvolvimento infantil nos primeiros anos de vida da criança, principalmente em cenários de desvantagem social ou econômica, visto que as crianças são inseridas nestes programas cada vez mais cedo. Este estudo investiga como a idade de ingresso nos programas de EPI pode influenciar indicadores do desenvolvimento infantil. MÉTODOS: Foi realizado um estudo transversal com dados do acompanhamento de 36 meses da Coorte de Nascimentos da Região Oeste de São Paulo, com crianças nascidas no Hospital Universitário da Universidade de São Paulo entre os anos de 2012 e 2014. O desenvolvimento infantil foi mensurado a partir do instrumento Engle Scale do The Regional Project on Child Development Indicators (PRIDI). Os programas de EPI foram avaliados em relação a sua qualidade. Características sociais das crianças e dos seus cuidadores foram utilizadas, bem como as características do contexto econômico e familiar. RESULTADOS: Um total de 578 famílias informaram que as crianças frequentavam creches no corte de 36 meses, entretanto 472 permaneceram na análise final após os critérios de seleção. Observou-que que o ingresso intermediário (entre 13 e 29 meses) foi o mais frequente (77.12%). A idade de ingresso esteve associada com o escore do PRIDI (p = 0.036), sendo que as crianças com ingresso tardio as que obtiveram o maior escore. Na análise de regressão linear, quando considerados isoladamente, observou-se que a idade de ingresso maior esteve associada com maior escore de desenvolvimento [=0.21 95% CI (0.02;0.40), p=0.027]. Após os ajustamentos das variáveis, observou-se que outras características explicaram melhor o desenvolvimento infantil (instituição do tipo privada, tempo total de aleitamento materno, horas trabalhadas fora de casa e controle inibitório). CONCLUSÕES: A idade de ingresso mais tardia nos programas de EPI pode ter efeito sobre o desenvolvimento infantil aos 36 meses de idade. Os efeitos desse achado precisam ser ponderados pelas condições e temperamento da criança, e do cuidador, que também exercem papel importante sobre o desenvolvimento, além da idade de ingresso isolada. Nossos resultados fornecem evidências de que os investimentos nas condições de vida da criança e cuidadores podem ser a chave para a garantia do melhor desenvolvimento infantil |