Estudo da deficiência intelectual com herança ligada ao cromossomo X: investigação de variantes causais em filhos de mulheres com desvios extremos da inativação do X

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Bueno, Andressa Cristina Giuliani Martins
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41136/tde-22032023-111535/
Resumo: A Deficiência Intelectual (DI) é condição complexa e heterogênea que afeta 1% a 3% dos indivíduos nas populações, representando importante problema de saúde pública. Vários estudos mostram frequência significativamente maior de indivíduos do sexo masculino afetados por DI moderada a grave do que de mulheres, parte podendo ser explicada pela DI com herança ligada ao X. Este estudo teve o objetivo de identificar variantes causais de DI em genes do cromossomo X. Realizamos o sequenciamento completo do exoma em 17 pacientes do sexo masculino, casos isolados de DI em suas famílias, selecionados pelos desvios extremos da inativação do cromossomo X (razão de inativação 95:5) em suas mães, indicativo de serem elas portadoras de variantes em genes do X que causam DI em seus filhos. Variantes candidatas foram identificadas em sete pacientes; em quatro deles (23,5%), as variantes foram confirmadas pelo sequenciamento de Sanger, estando também presentes em suas mães; essas variantes estão em genes já associados a DI (MED12, HPRT1, NEXMIF e UBE2A) e a relação causal com o fenótipo pôde ser estabelecida. Em três pacientes, as variantes, encontradas em genes também relacionados a DI (AMMECR1, OCRL, GRIK2), não puderam ser definitivamente associadas ao fenótipo. Esses resultados confirmam o desvio de inativação do cromossomo X nas mães como indicativo da presença de variantes patogênicas que causam DI em seus filhos, devendo ser considerado no estudo da DI, particularmente de casos isolados.