Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Pontes, Fernando Vicente de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-18122017-100521/
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Resumo: |
Introdução: Os sistemas de adequação postural ou as adaptações em cadeiras de rodas proporcionam ao seu usuário o controle postural necessário para a realização de atividades cotidianas, manutenção da independência e interação com o ambiente. Alem disso, evitam complicações respiratórias e o surgimento de deformidades nos indivíduos. A indicação do melhor sistema de adequação postural é uma das tarefas mais desafiadoras aos profissionais de saúde especializados na sua prescrição pois pode ser difícil avaliar quais componentes melhor atendem às necessidades de um indivíduo. Dessa forma, observa-se a preocupação com o desenvolvimento de evidências nessa área, e, portanto, a coleta de informações sobre prescrição de cadeiras de rodas e dos seus componentes de adequação postural são essenciais para a construção de séries históricas, avaliação de seu uso e possibilidade de novas ações e políticas nesse sentido. Objetivo: Caracterizar e quantificar as adaptações em cadeiras de rodas prescritas e dispensadas por um serviço de terapia ocupacional de hospital ortopédico especializado em relação as necessidades oriundas dos diagnósticos atendidos, dos anos 2005 a 2013. Métodos: Estudo observacional descritivo transversal e retrospectivo, realizado no serviço de terapia ocupacional do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, a partir dos prontuários de todos os indivíduos usuários de cadeiras de rodas, atendidos pelo grupo de prescrição de cadeiras de rodas e sistemas de adequação postural do campo de estudo. Foram coletadas informações sociodemográficas (gênero e idade), diagnóstico, recebimento ou não de cadeira de rodas nova, recebimento ou não de adaptações em cadeiras de rodas e as adaptações prescritas. Resultados: Um total de 1480 prontuários de usuários foram investigados, a maioria do sexo masculino (62,1%) e a idade média da amostra foi de 24,1 anos (DP = 17,2). Destes, (30,9%) apresentava o diagnóstico de paralisia cerebral, seguido pela lesão medular (22,6%), distrofia muscular de Duchenne (13,8%), amputação decorrentes de traumas e outras patologias (8,3%) e mielomeningocele (4,2%). Dos 1480 usuários, 69,3% receberam CR novas e ainda 30,7% já possuíam CR doadas por outros serviços e/ou compradas pelo próprio paciente. Quase todas as cadeiras necessitaram de adaptações em sua estrutura (96,1%). Apenas 57 cadeiras de rodas (3,9%) não necessitaram de um SAP conjunto. A adaptação mais frequente é o cinto pélvico (96,1%), seguida do assento e encosto de base rígida (95,1% e 94,5% respectivamente). Conclusões: Nota-se que a amostra estudada necessitou de muitos itens de adequação postural junto de suas cadeiras de rodas. Apesar da grande demanda por esses recursos de tecnologia assistiva, as investigações nessa área são escassas. Diante disso, a investigação proposta por este estudo produziu importantes evidências para a prática clínica de terapeutas ocupacionais que atuam na prescrição de cadeiras de rodas e de sistemas de adequação postural para pessoas com deficiência, apresentando dados que contribuem para uma melhor indicação desses equipamentos |