Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Pontes, Fernando Vicente de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-23082023-124404/
|
Resumo: |
Introdução: Os terapeutas ocupacionais que atuam com pessoas com deficiência em sua prática estão envolvidos com a dispensação de dispositivos de tecnologia assistiva e estudam como esses recursos podem melhorar a independência, a autonomia e a participação social. No entanto, esses profissionais enfrentam problemas desafiadores relacionados ao acesso, usabilidade e ao possível abandono dessas tecnologias. O abandono de um equipamento auxiliar, na maioria das vezes tem uma repercussão ruim tanto para o sujeito como para o serviço que disponibiliza o recurso, significando que as necessidades do usuário continuam a ser insatisfeitas e que sua autonomia e qualidade de vida podem estar comprometidas. Objetivo: Analisar as relações entre o processo de indicação, adaptação, orientação, satisfação, usabilidade e eventual abandono de cadeiras de rodas em um hospital de alta complexidade. Métodos: Estudo observacional descritivo transversal realizado no serviço de terapia ocupacional do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo com indivíduos usuários da clínica de prescrição de cadeiras de rodas que foram atendidos dos anos de 2013 a 2017. Foi utilizado um instrumento de coleta de dados composto por questões fechadas e abertas além da versão brasileira do instrumento QUEST. Resultados: Foram entrevistados 110 usuários, 57 (51,8%) do sexo feminino e 53 (48,2%) do sexo masculino. Vinte usuários (18,2%) responderam a entrevista por si mesmos e 90 (81,8%) responderam com ajuda de um cuidador. O diagnóstico mais prevalente foi a paralisia cerebral (61,8%) e 81,8% dos usuários moram na cidade de São Paulo. A maioria (82,7%) demorou entre 1 ano e 1 mês a 2 anos para receber sua cadeira, tendo feito de 3 a 4 visitas (87,3%) ao serviço e considerou a quantidade de visitas adequada (87,3%). Setenta e seis usuários (69,1%) classificaram o atendimento recebido como bom (69,1%). O maior índice de baixa satisfação foi relacionado ao peso da cadeira, com 39,1% e o maior índice de alta satisfação foi em relação a qualidade dos serviços profissionais, com 97,3%. Em relação a usabilidade da cadeira de rodas, 59,1% dos usuários responderam que usam a cadeira, 10,9% usam parcialmente e 30,0% responderam que não usam. O motivo mais frequente de abandono foi a substituição do dispositivo por um melhor. Conclusões: A investigação proposta produziu evidências que irão contribuir para a prática clínica dos profissionais que estão envolvidos na prescrição e dispensação de cadeiras de rodas e sistemas de adequação postural. Embora a maioria dos participantes da nossa amostra estivessem satisfeitos com as características de seu equipamento e do serviço de dispensação, pode-se observar a falta de importantes diretrizes no processo de concessão. A elaboração de um protocolo de avaliação, prescrição e dispensação baseado em modelos teóricos de tecnologia assistiva é um passo importante para a atenção às demandas e necessidades dos usuários e garantia de que o investimento dos serviços seja efetivo |