Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Freire, Sonia Dias Lanza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6143/tde-30112020-163659/
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Resumo: |
Introdução - A doença renal crônica (DRC) tem sido considerada um importante problema na saúde pública por ser uma doença silenciosa nos estágios iniciais e, no estágio avançado, apresentar complicações que demandam tratamento dialítico ou transplante renal, denominados de Terapia Renal Substitutiva (TRS). No Brasil, o sistema de informação ambulatorial recebe das instituições vinculadas ao Sistema Único de Saúde (SUS), por meio da Autorização de Procedimentos de Alta Complexidade/TRS (APAC/TRS), as informações dos pacientes em tratamento dialítico. Seus dados possibilitam conhecer o perfil epidemiológico desses pacientes. Objetivo - Descrever o perfil epidemiológico e letalidade dos pacientes com DRC, no estágio 5, em tratamento dialítico (DRC G5D) pelo SUS, no estado de São Paulo (ESP), no período de 2008 a 2017. Métodos - Trata-se de um estudo descritivo e retrospectivo, de abordagem quantitativa, que utiliza como base o banco da APAC/TRS. Os dados foram analisados para os 17 Departamentos Regionais de Saúde (DRS) do estado. Foi feita a série temporal dos casos prevalentes, casos novos e letalidade dos pacientes em tratamento dialítico no SUS, estratificados por sexo e faixa etária. As curvas de sobrevida foram estimadas pelo método de Kaplan Meyer e comparadas pelo teste de log-rank. A produção ofertada de diálise no SUS foi comparada com o parâmetro de cobertura assistencial estabelecido na Portaria ministerial 1631, de 2015. As causas dos óbitos foram retiradas do Sistema de Informações de Mortalidade. Resultados - No período observado foram realizados 275.778 procedimentos de diálise para 86.381 pacientes, sendo inseridos 70.615 casos novos e houve 30.784 óbitos. O perfil sociodemográfico geral mostrou um predomínio do sexo masculino, raça branca e média de idade dos pacientes em diálise de 56,5 anos, sendo a hemodiálise o procedimento principal em 92% dos casos. Os dados referentes às causas dos óbitos mostram em primeiro lugar a doença cardiovascular (20,1%) - sendo 10,5% correspondente à hipertensão e 9,6% ao infarto agudo do miocárdio, seguida de diabetes (18,1%), broncopneumonia (15,6%) e septicemia (13,8%). Na série temporal houve uma tendência crescente para casos prevalentes e níveis estacionários para casos novos e letalidade. A média geral de sobrevida dos pacientes em diálise foi de 75,9 meses. Em 2017, o ESP apresentou produção de diálise de 69/100.000 hab., menor que o parâmetro de cobertura assistencial, estimado em 75/100.000 hab., com heterogeneidade entre os DRS. No período analisado verificou-se uma ampliação de cerca de 10% de serviços de diálise para o SUS. Conclusão - Houve aumento de serviços de diálise e de casos prevalentes no ESP, embora a oferta de procedimentos de diálise tenha sido menor que o parâmetro de cobertura assistencial, estimado para a população. A análise dos dados da APAC, mesmo tendo como finalidade o pagamento dos procedimentos médico hospitalares, contribuiu para avaliar o perfil epidemiológico dos pacientes portadores de DRC G5D, no SUS, e identificar diferenças regionais de oferta de diálise, de pacientes dialisados e na sobrevida. Esses resultados podem orientar outras análises que permitam entender melhor essas desigualdades e subsidiar ações para minimizá-las. |