Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Vidotti, Janaína de Fátima |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59141/tde-29062017-083709/
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Resumo: |
O evento do câncer de mama pode ser traumático para a mulher que o vivencia, impactando e alterando sua qualidade de vida, principalmente em termos da organização da vida cotidiana, familiar e social, o que implica na necessidade de se adaptar às novas condições de existência e às transformações que podem resultar em uma nova identidade pessoal e social. No momento do diagnóstico de câncer de mama, diversos sentimentos são vivenciados, dentre os quais se destacam a desesperança, angústia e medo do desconhecido, sendo o impacto do diagnóstico muitas vezes considerado como uma vivência extremamente significativa, que influencia todo o processo até a reabilitação da pessoa adoentada. Além disso, os profissionais da saúde são considerados elementos importantes no enfrentamento do câncer, principalmente quando informam sobre a doença e sua evolução, bem como quando confortam e encorajam a mulher durante o diagnóstico e tratamento. O objetivo deste estudo é compreender a vivência do processo de comunicação do diagnóstico de câncer de mama na perspectiva da mulher e do médico informante. Trata-se de um estudo de caráter descritivo, exploratório, prospectivo e apoiado na metodologia qualitativa de pesquisa. Colaboraram com o estudo seis mulheres que se encontravam em processo de investigação diagnóstica e que receberam, posteriormente, a confirmação do câncer de mama, e seis médicos oncologistas que são responsáveis pela comunicação do diagnóstico. Os colaboradores foram recrutados no Serviço de Mastologia e Oncologia Ginecológica da Unidade de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Os instrumentos utilizados foram: Formulário de Dados Sociodemográficos do LEPPS; entrevista aberta, desenvolvida a partir de questão norteadora; e diário de campo. A análise dos dados foi pautada no referencial teórico-metodológico da Fenomenologia. Os resultados mostram que a comunicação do diagnóstico de câncer de mama é vivenciada como uma experiência complexa, tanto para as pacientes quanto para os/as médicos/as. Ao mesmo tempo em que se vê como transmissor da má notícia, o/a médico/a compreende seu papel como aquele/a que também oferece possibilidades de vida para a pessoa adoecida. Quanto às mulheres, é possível apontar que a vivência desse processo é uma experiência liminar, não linear e passível de significação singular, pela qual perpassam diversos sentimentos paradoxais, como medo, incerteza, angústia, tristeza, tranquilidade, esperança e indiferença, que suscitam diferentes modos (negação, enfrentamento, aceitação), de lidar com as facticidades do adoecimento. Conclui-se que, tanto para as pacientes quanto para os/as médicos/as, é importante que se valorizem as singularidades em seus modos de existência, buscando oferecer espaço para manifestação de subjetividades, a fim de alcançar um cuidado integral tanto na perspectiva de quem cuida como na de quem é cuidado |