Sobreviver ao câncer de mama: vivências de mulheres fora de tratamento e o fenômeno da resiliência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Forgerini, Mariana [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/97472
Resumo: As taxas de cãncer de mama aumentam a cada ano, classificando o Brasil entre um dos países com maior incidência deste tipo de cãncer em todo o mundo. Este dado revela que esta ainda é uma doença permeada por intensos sentimentos de vergonha e medo, que fazem com que muitos pacientes mantenham silêncio e não procurem auxílio médico. Em se tratando do cãncer de mama, estes sentimentos parecem ser ainda mais intensos agravados pelo medo da mutilação de uma parte do corpo considerada como um dos principais símbolos da identidade feminina. Avanços na área da Oncologia t~em proporcionado diagnósticos mais precoces e tratamentos mais efetivos para diversos tipos de cânceres, como também a cura para alguns casos e um aumento expressivo na possibilidade de sobrevivência dos pacientes oncológicos. No caso de câncer de mama, atualmente já é possível uma abordagem menos mutiladora de tratamento, bem como a reconstrução total da mama perdida. Entretanto, por ser uma doença fortemente vinculada à idéia de morte, provoca uma marca existencial, presente mesmo em pacientes que sobreviveram a tal enfermidade. Tendo em vista que o significafo do câncer na vida de uma pessoa que vivencia ou vivenciou esta situação é muito particular e pessoal, este estudo, buscou investigar as vivências de mulheres que estão fora do tratamento de câncer de mama ou em fase de controle da doença, identificando os mecanismos de proteção que apareceram nos relatos das participantes como importantes para a adaptação à vida após o adoecimento e o tratamento do câncer, bem como modos de ser que puderam ser compreendidos como indicadores de resiliência, no processo de enfrentamento do câncer. Neste estudo, de natureza qualitativa, fundamentado no método fenomenológico de investigação, foram entrevistados dez mulheres, com idades entre...