Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Silva, Aparecida Augusta da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-16032009-105405/
|
Resumo: |
Apesar de há muitos anos os índios brasileiros lutarem por uma educação escolar diferenciada, foi apenas a partir da Constituição Federal de 1988 que a Educação Escolar Indígena tornou-se política pública no País e, desde então, aumentou muito o número de educadores envolvidos com a questão, especialmente no que se refere à formação de professores indígenas. No entanto, uma das primeiras questões que emerge desse encontro é como trabalhar de forma diferenciada, se pouco se sabe sobre as mais de 200 etnias do País. Além disso, tem-se, de um lado, a escola munida de um conhecimento em geral instituído por parâmetros nacionais; a escrita com papel central; o professor, em geral, desconhecido do grupo; e o ambiente escolar bastante distinto da residência. De outro, uma cultura onde saberfazer, mito e história se inter-relacionam; o conhecimento, em geral transmitido por um membro mais velho do grupo, é feito de forma oral ou por meio de um saber-fazer diário; e a sala de aula é a própria casa ou a floresta. Nesse sentido, este trabalho, realizado em um processo educacional com professores da etnia Gavião, de Rondônia, buscou, por meio de diálogo, caminhos para possíveis interações de distintas formas de conhecimentos ligados tanto à escola quanto ao saber-fazer indígena e em especial os relacionados à Matemática. Para tanto, foram organizados dois cursos, conduzidos por discussões em torno das construções tradicionais do grupo. Essas discussões possibilitaram vir à tona histórias, mitos, saber-fazer e alguns aspectos relevantes para a cultura do grupo, mas até então desconhecidos até mesmo pelos próprios professores indígenas. Quanto aos aspectos matemáticos, os professores indígenas, auxiliados pela ferramenta da modelagem matemática, puderam decodificar um saber-fazer presente na construção da maloca tradicional e, dessa forma, dar sentido a um conhecimento que anteriormente não fazia sentido ao grupo. Esta pesquisa foi conduzida por uma metodologia de trabalho de ordem qualitativa, de cunho etnográfico, com aspectos históricos e antropológicos e com aporte teórico principal da Etnomatemática. |