Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Maria Aparecida Mendes de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-02102020-143153/
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Resumo: |
Esta pesquisa tem como objeto compreender as diferentes maneiras que os professores indígenas Kaiowá e os Guarani, formados em matemática, relacionam os conhecimentos indígenas e os conhecimentos não indígenas ao produzirem suas práticas pedagógica na escola indígena, que tem se configurado como um lugar de encontro destes diferentes sistemas de conhecimento. Entendendo a escola como um que lugar produz conexões com o mundo não indígena, destacamos os processos de colonialidade que, por meio dela, se colocam para as comunidades indígenas, e a forma como os Guarani e Kaiowá, por meio de movimentos de resistência e de ressignificação, produzem modos próprios de lidar com esta realidade. Neste trabalho falo a partir de lugares onde se estabelecem relação entre professores indígenas, comunidades, universidade e escola. Ou seja, da atuação de professores indígenas atravessada por diferentes lócus de produção de conhecimento, regida por relações de poder. Os dados e análises produzidos são resultados de um trabalho de campo que se desenvolve em diferentes momentos, na formação inicial, em momentos de formação continuada e em diálogos com professores indígenas, formados em um curso específico, que atuam nas séries finais do Ensino Fundamental em escolas indígenas. A Etnomatemática, assim como a Interculturalidade são entendidas como perspectivas que produzem outros modos de pensar, portanto, como movimentos decoloniais. Estas perspectivas estão presentes, na medida em que é possível verificar, mesmo que indiretamente, em suas práticas pedagógicas em sala de aula. Os professores indígenas produzem modos próprios de ensinar, subvertem e afrontam o modelo de conhecimento e de escola que lhes são impostos. Escapam, em diferentes momentos, do modelo de escola concebido a partir de um paradigma universal de conhecimento, numa perspectiva eurocêntrica. Produzem linhas de fuga que atravessam o modelo de escola que lhes é imposto, podendo indicar caminhos para o entendimento do que seja uma educação escolar indígena, diferenciada, intercultural e bilingue. |