Análise comparativa dos escores clínicos de probabilidade pré-teste de doença aterosclerótica coronariana obstrutiva utilizando a angiotomografia de artérias coronárias no contexto brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Cerbino, Fernanda Mello Erthal
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/35975
Resumo: Introdução: O diagnóstico da doença aterosclerótica coronariana (DAC) pode apresentar desafios significativos. Embora os escores clínicos, como o Diamond-Forrester (DF) e o escore da Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC), sejam amplamente utilizados na prática clínica, seu desempenho específico na população brasileira permanece pouco compreendido. Por outro lado, a angiotomografia de coronárias (ATAC) tem emergido como uma técnica promissora, demonstrando resultados superiores tanto na estratificação de risco quanto no diagnóstico da DAC. Objetivos: Avaliar a performance dos escores clínicos de cálculo da probabilidade pré-teste de DAC obstrutiva na população brasileira utilizando a ATAC como ferramenta de diagnóstico. Métodos: Realizou-se um estudo observacional em pacientes sem DAC conhecida que realizaram ATAC entre 2019 e 2021. Os pacientes foram classificados de acordo com a probabilidade pré-teste (PPT) utilizando-se o DF e o escore da ESC de 2019 e avaliados quanto à presença de DAC diagnosticada pela ATAC. Resultados: O estudo envolveu 845 pacientes com uma média de idade de 60 anos, a maioria assintomática. A análise revelou a presença de DAC em 67% das ATAC e de DAC obstrutiva (estenose ≥50%) em 19% da população. Ao aplicar o escore do DF, constatou-se que a maioria estava classificada como PPT intermediária e uma prevalência real de DAC obstrutiva menor que o esperado. Quando realizado a classificação da ESC, a maioria ficou na PPT alta e a prevalência real de DAC ficou dentro da faixa esperada. Conclusão: A ATAC demonstrou sua eficácia em reclassificar os pacientes em relação à presença de DAC obstrutiva em todas as categorias de probabilidade pré-teste pelos escores de DF e ESC. Além disso, demonstrou que o DF tente a superestimar a real prevalência de DAC obstrutiva na população brasileira.