Uso de fotografia 3D na determinação do volume de ressecção de bolsas de gordura na blefaroplastia inferior

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Miranda, Ricardo Eustáchio de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5149/tde-15062022-112734/
Resumo: Introdução: na blefaroplastia inferior, uma das etapas mais desafiadoras é a determinação do volume de gordura a ser ressecado. Durante o exame do paciente, a gordura que se projeta anteriormente retrai quando ele está deitado no ato operatório, dando a falsa impressão de menor volume. Assim seria desejável um método que permitisse estimar, no pré-operatório, o volume de bolsas de gordura a ser retirado para que se corrija as bolsas palpebrais de forma adequada. Diversos instrumentos têm sido utilizados para aferir volume no corpo, dentre eles a fotografia 3D, que apresenta como vantagens o fato de não ser invasiva, não gerar irradiação, ser portátil, apresentar relativo baixo custo e possuir software que possibilita fazer simulações do resultado. Objetivo: comparado os resultados entre as simulações obtidas pelo software da câmera 3D Vectra® H1 com os dos pós-operatórios de blefaroplastia inferior após a retirada da quantidade de volume indicado pela simulação. Método: utilizou-se a câmera fotográfica 3D Vectra® H1 (Canfield Imaging Systems, Fairfield, NJ, EUA) no pré-operatório para se estimar o volume de bolsas de gordura de pálpebra inferior a ser retirado. Realizou-se a blefaroplastia inferior pela ressecção do volume estimado pela simulação. Foram obtidas fotografias 3D nos retornos do pós-operatório para avaliar a variação volumétrica na pálpebra inferior após o procedimento e compará-la com o volume estimado no pré-operatório. O resultado estético das fotografias da simulação e do pósoperatório foi analisado pelo questionário objetivo de classificação de resultado em cirurgias estéticas. Os resultados do pós-operatório foram correlacionados estatisticamente com os da simulação. Resultados: dados demográficos da amostra foram apresentados e análises estatísticas da correlação entre os resultados da simulação e do pós-operatório foram realizadas. A correlação se mostrou fraca entre os resultados de simulação e os do pós-operatório. Discussão: verificou-se diferença sistemática entre as medidas da simulação e das fotografias pós-operatórias, observando-se um volume aferido da pálpebra inferior maior nos pós-operatórios em comparação ao volume simulado. Os resultados estéticos avaliados pelo questionário aplicado se mostraram melhores na simulação do que no pós-operatório real. Conclusão: a baixa correlação entre a simulação e os resultados pós-operatório sugerem que a acurácia do simulador da câmera 3D Vectra® H1 é insuficiente para simulações fidedignas nas blefaroplastias inferiores pelo método proposto no presente estudo