Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Benfica, Carlos Eduardo Ribas Tameirão |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41134/tde-08102013-141128/
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Resumo: |
Rotas por veículos foram realizadas para que a riqueza, a abundância e o uso do habitat por rapinantes diurnos no Parque Estadual Veredas do Peruaçu (30.702 ha), Minas Gerais, fosse estudada. Onze rotas foram selecionadas e distribuídas em dois habitats: cerrado (n=6) e uma associação entre vereda e cerrado (n=5). O estudo foi realizado entre setembro de 2010 e julho de 2011 por três observadores na carroceria de um veículo 4x4 dirigido a uma velocidade média de 20km/h, totalizando 2772 km percorridos. Ao longo das transecções foram obtidos 681 registros (0,24 rapinantes/km), referentes à 20 espécies, contudo, Falco peregrinus foi registrado ao longo das amostragens ad libitum e elevou a riqueza. As cinco espécies mais comuns foram Heterospizias meridionalis, Caracara plancus, Milvago chimachima, Rupornis magnirostris e Falco femoralis, as quais totalizaram aproximadamente 20% da riqueza local e 80% de todos os registros. As cinco espécies mais raras (Leptodon cayanensis, Elanus leucurus, Accipiter bicolor, Micrastur semitorquatus e Falco sparverius), juntas, representaram menos de 1% das detecções. As aves de rapina foram mais abundantes ao longo da estação chuvosa (n=438), se comparada à seca (n=243). As veredas apresentaram maior riqueza (19 contra 10 taxa) e quase três vezes mais registros (n=466; 0,36 rapinantes/km) que o cerrado (n=215; 0,14 rapinantes/km). O número de detecções computadas para as manhãs foi maior do que as anotadas para as tardes. Baseado no ΔAICc, os modelos que melhor explicaram a riqueza e abundância dos rapinantes continham todas as três variáveis independentes (habitat, estação e período do dia). Rotas por veículos aparentaram ser indicadas para estudos com rapinantes em habitats similares a savanas. O cerrado local apresentou menor riqueza e abundância se comparado às veredas, entretanto, o habitat ocupa grandes proporções e deve possuir importante papel na conservação dos rapinantes. A vereda delimita o parque ao norte e nela foram registradas espécies restritas ao ambiente, como a águia-cinzenta (Urubitinga coronata), taxon mundialmente ameaçado de extinção. Tal fato eleva a importância do habitat para o grupo e, consequentemente, para toda a comunidade. Sugere-se que o parque tenha sua área aumentada em sua porção norte, considerando que, adicionalmente, grande parte da água corrente provém desta porção. |