Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Zilio, Felipe |
Orientador(a): |
Martins, Márcio Borges |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/72305
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Resumo: |
As aves de rapina, como predadores de níveis superiores na rede trófica, necessitam de grandes áreas de vida e ocorrem em baixa densidade populacional. São sensíveis a alteração e degradação do habitat, sendo bons indicadores de qualidade de habitat e biodiversidade. Apesar da importância ecológica pouco se conhece sobre a biologia e ecologia da maioria das 91 espécies que ocorrem na América do Sul, o que nos leva ao objetivo mais amplo desta tese: descrever a composição das taxocenoses de aves de rapina dos campos do sul do Brasil e Uruguai e sua relação com as características topográficas e ambientais. Para tanto, foram realizadas amostragens de aves de rapina em 11 áreas campestres entre outono de 2009 e verão de 2011. Um total de 44 transectos rodoviários foi amostrado sazonalmente, duas vezes ao ano, totalizando 176 amostragens. Ao todo foram observadas 18.424 aves de rapina, pertencentes a 33 espécies. Os transectos rodoviários são amplamente utilizados para a amostragem de aves de rapina, no entanto, nossos resultados sugerem que este método pode subestimar a abundância das espécies. Pontos de contagem parecem ser mais eficazes, principalmente para a amostragem de espécies raras. A distribuição das espécies foi associada à altitude e disponibilidade de habitat, e quatro taxocenoses puderam ser identificadas no sudeste da América do Sul. A taxocenose dos campos de altitude (na ecorregião Floresta Úmida com Araucária) se caracterizou pela presença de espécies florestais, ausentes ou pouco abundantes nas demais áreas. Na ecorregião Savana Uruguaia foram distinguidas outras três taxocenoses: 1) campos da planície costeira do sul do Brasil, com espécies associadas às áreas úmidas e ambientes alterados; 2) campos da Serra do Sudeste, uma taxocenose mista com espécies campestres e florestais, porém pouco abundantes e com maior tolerância a habitat alterados; 3) campos da Savana Uruguaia, taxocenose com predominância de espécies campestres e presença pontual de espécies florestais associadas a matas riparias. Foram registradas quatro espécies de necrófagos obrigatórios (Cathartiformes). A organização da taxocenose dos necrófagos aparenta ser mais influenciada pelas características da paisagem que por relações hierárquicas interespecíficas, mas a distribuição atual pode ter sido influenciada pela caça e envenenamento das espécies, ocorrida no século passado. A abundância das aves de rapina variou sazonalmente. A abundância foi significativamente maior no verão que no inverno, mas variou conforme a espécie. Quatro espécies são migratórias (duas migrantes trans-equatorias e duas intratropicais), três são parcialmente migratórias, mas o padrão de migração e as rotas são pouco conhecidos, e três espécies são nômades ou realizam movimentos irruptivos. Os campos do sudeste da América do Sul tem uma alta diversidade de aves de rapina, influenciada pela topografia, disponibilidade de habitat e sazonalidade, características que devem ser consideradas nas políticas de conservação na região. |