Competitividade da viticultura regional e brasileira: uma análise setorial e comparativa com produtores mundiais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Julião, Letícia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-17112015-142147/
Resumo: O setor agrícola brasileiro gera saldos positivos à balança comercial do Brasil, e a fruticultura segue no mesmo ritmo. Dentre as frutas produzidas no Brasil, a uva é uma das que mais impactam na balança comercial, tendo em vista que é amplamente exportada e importada. Este cenário só se tornou possível com a abertura de mercado na década de 90, e, assim, o Brasil pôde se tornar mais competitivo no mercado nacional e internacional. A competitividade é importante para a economia, seja de um país, de um setor ou de uma empresa. No presente trabalho, então, foi realizada uma análise setorial da competitividade da viticultura, fundamentada na produtividade, nos aspectos tecnológicos e no ambiente institucional. Para a análise regional brasileira foi utilizada a técnica de triangulação na metodologia deste trabalho: pesquisa qualitativa (entrevista com produtores das principais regiões produtoras de uva de mesa do Brasil); análise estatística por meio de Modelos Lineares Generalizados de dados secundários (preço nas regiões produtoras de uva de mesa) obtidos no banco de dados do Cepea; e análise documental (com base nas legislações, regras e outros documentos disponíveis). A partir disso foi constatado que o Vale do São Francisco (BA/PE) é a região brasileira mais competitiva, visto que investe mais em tecnologia, tem gestão empresarial (enquanto as outras são marcadas pela agricultura familiar) e consegue se sobressair nas questões de comercialização. Além disso, no Brasil, o ambiente institucional, de um modo geral, não gera grandes vantagens competitivas para nenhum produtor de uva - a exceção são as fortes cooperativas do Nordeste. Para a análise da competitividade internacional, além da análise documental com vistas ao comércio internacional, foram feitas estatísticas descritivas com dados de preço, produção, produtividade, exportação, importação e consumo aparente de uva de mesa do Brasil, Chile e Itália. Os dados foram obtidos nos bancos de dados do IBGE, MDIC, Odepa, Eurostat e USDA. No geral, Chile e Itália têm ambiente institucional mais forte que o Brasil para o comércio internacional de uva de mesa. Mesmo assim, a competitividade internacional brasileira cresceu nos últimos anos frente a Chile e Itália. Assim, pode-se concluir que mesmo com ambiente institucional desfavorável, tanto no mercado interno quanto no externo, o Brasil conseguiu avançar na competitividade entre os anos analisados neste trabalho. Isso se deve, sobretudo, aos investimentos ocorridos na principal região brasileira - o Vale do São Francisco.