O território da viticultura orgânica no território da vitivinicultura da “Serra Gaúcha” : o caso dos viticultores de Cotiporã - RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Pierozan, Vinício Luís
Orientador(a): Medeiros, Rosa Maria Vieira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/172491
Resumo: A uva é a principal fruta cultivada no sistema orgânico no estado do Rio Grande do Sul, tendo sua produção concentrada na região da Serra Gaúcha, território vitivinícola consolidado em nível estadual e nacional formado a partir de um processo socioeconômico histórico que teve início com a colonização do espaço geográfico pelo “colono” italiano. A viticultura realizada na Serra Gaúcha possui várias particularidades como, por exemplo, a pequena propriedade, a pouca mecanização devido ao relevo acidentado e principalmente a utilização de mão de obra familiar. Este estudo analisou o desenvolvimento da viticultura orgânica praticada no município de Cotiporã, localizado na região serrana do estado do Rio Grande do Sul. O município constitui-se num território voltado para a produção de uva convencional presente no interior do território vitivinícola da Serra Gaúcha. A maior parte da uva produzida no município, equivalente a 89,8% do total, é processada nas cidades vizinhas que concentram mais de 90% das empresas vinícolas do estado. Porém, no interior do município se verifica a movimentação por parte de um grupo de agricultores que migraram e outros que ainda estão em processo de transição agroecológica da viticultura convencional dominante na região para a viticultura orgânica. A pesquisa apontou que a produção orgânica de uva se encontra em expansão no município e na Serra Gaúcha, e está construindo uma rede de relações de produção e uma cadeia produtiva diferente, mas semelhante em algumas relações estabelecidas pela viticultura convencional. Essa nova relação envolvendo a produção de uva orgânica pautada pela sustentabilidade ambiental, social e econômica, centrada na agricultura familiar e no protagonismo do viticultor ao longo da cadeia produtiva foi denominada de território da viticultura orgânica.