Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Mendonça, Tânia Gomes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-01102014-164639/
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Resumo: |
Este trabalho propõe uma análise da viagem do artista francês Antonin Artaud ao México no ano de 1936. Por meio das correspondências e dos textos de Artaud produzidos neste país, pretende-se problematizar a sua concepção sobre a Revolução Mexicana e sobre os seus desdobramentos políticos e culturais durante os anos 1930, as suas ideias sobre as culturas indígenas e a sua relação com a realidade artística-intelectual mexicana. Parte-se da premissa de que o olhar de Artaud para o México foi formado por um ambiente intelectual e artístico marcado pelo Surrealismo, por um sentimento de crise da civilização europeia e por uma busca por formas de vida mais integradas entre o homem, a natureza e a arte. Artaud chega ao México em fevereiro de 1936 e permanece no país durante oito meses. Segundo suas próprias palavras, fora em busca do que ele denominaria de esoterismo mexicano o único que se apóia ainda sobre o sangue e a magnificência de uma terra cuja magia só os imitadores fanatizados da Europa podem ignorar. Durante a estadia, antes de ir à terra dos Tarahumaras, proferiu conferências na Escola Nacional Preparatória e escreveu artigos em jornais mexicanos a respeito do teatro europeu, do teatro mexicano, do movimento surrealista francês, das suas expectativas com relação à cultura indígena mexicana e da sua busca existencial como artista. No entanto, a sua visita ao México se dá justamente no período pós-revolucionário, durante o polêmico e marcante governo de Lázaro Cárdenas, no qual há uma radicalização da querela entre os artistas denominados universalistas e aqueles conhecidos como nacionalistas. Os primeiros, ao defenderem uma arte moderna e universal, preconizavam a arte europeia como matriz aspecto que Artaud repudiava e os segundos, ao afirmarem uma arte nacional, pura, utilizavam-se da cultura indígena como elemento unificador da nação, mas sem o respeito pela magia e pelo esoterismo indígena que Artaud tanto pregava. Daí as hipóteses para a falta de repercussão sobre o artista francês durante a sua permanência no país. Artaud também projetou sobre o México percepções que ele nutria a respeito do teatro. Idealizador do chamado Teatro da Crueldade, Artaud reconheceu no ritual do peyote praticado pelos índios tarahumaras no México uma vivência que se aproximava do seu projeto teatral |