Efeito do tempo de ingestão de diferentes prebióticos nos produtos fermentativos fecais e imunidade de cães adultos

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: Perini, Mariana Pamplona
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: Blend prebiotic; Blend prebiótico; Canine; Canino; Galactoligosaccharide; Galactoligossacarídeo; Period; Período
• Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10135/tde-15052020-090721/

Alimentos formulados com a inclusão de prebióticos demonstraram capacidade de estimular o aumento da produção de ácido lático e ácidos graxos de cadeia curta, bem como a redução do pH fecal. Estes efeitos também podem modular a resposta do sistema imunológico. No entanto, ainda não há um consenso em relação ao tempo mínimo necessário de ingestão pelos cães para a obtenção de resultados confiáveis em relação a eficiência dos aditivos. Assim, este estudo objetivou avaliar o efeito do tempo de ingestão de diferentes prebióticos nos produtos fermentativos e imunidade local de cães adultos. Em dois momentos distintos, foram utilizados 24 cães de diferentes raças, ambos os sexos, com média de idade de 6,0 ± 2,22 anos e escore de condição corporal (ECC) ideal, entre 4 e 5. Os animais foram distribuídos em delineamento de blocos casualizados, divididos em 6 grupos com 4 tratamentos, contemplando dois fatores: dieta e tempo. O fator dieta foi composto pelos seguintes tratamentos: a) dieta controle sem adição de prebiótico (CO); b) dieta controle com inclusão de 0,38% de galactooligossacarídeos (GOS); c) dieta controle com inclusão de 0,5% de blend prebiótico comercial YES GOLF® [B1 (composto por 120g/kg de FOS; 60g/kg de MOS; 72g/kg de GOS; zinco inorgânico; 1,3 β-glucanos e 150g/kg de -glucanos)] e, d) dieta controle com inclusão de 1,0% do mesmo blend prebiótico comercial YES GOLF® (B2) citado anteriormente. O fator período foi denominado pelos tempos de administração T30 (30 dias) e T60 (60 dias), sendo os primeiros 20 dias destinados para adaptação às dietas, 5 dias para avaliação do escore fecal, 2 dias de intervalo entre as coletas e os últimos 3 dias para coletas de fezes destinadas para avaliação do pH, ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) e ácidos graxos de cadeia curta ramificada (AGCCR), IgA, ácido lático e nitrogênio amoniacal. Os resultados foram analisados no programa SAS 9.4, pelo teste de SHAPIRO-WILK (PROC UNIVARIATE) para verificar a normalidade dos resíduos e teste F para homogeneidade das variâncias. A análise de variância foi determinada pelo PROC MIXED do SAS com as médias comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de significância. Não foram observados efeitos (P>0,05) na interação tratamento x tempo, apenas efeitos de tratamento e tempo. Em relação ao tempo, a ingestão de prebióticos por período de 60 dias (T60) resultou em maiores concentrações de IgA, ácido lático e pH nas fezes (P<0,05) em todos os tratamentos. Como efeito de tratamento, a inclusão de 1,0% de GOS no alimento resultou em aumento da umidade fecal (escore 2,8) e das concentrações de ácido lático. Portanto, o maior tempo de ingestão modulou os produtos fermentativos fecais e imunidade local de cães adultos, achados que permitem concluir que o tempo de ingestão é um fator importante para avaliação do potencial de modulação dos prebióticos.