Atividade antiinflamatória, toxicidade e fitoquímica do óleo-resina de copaíba, proveniente de diferentes espécies, e de suas respectivas frações (OU) Atividade antiinflamatória, toxicidade e aspectos químicos do óleo-resina de Copaíba, proveniente de diferentes espécies, e de suas frações

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Rio, Ricardo Gomide Woisky Do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9138/tde-23092011-164642/
Resumo: Espécies do gênero Copaifera (Leguminosae) são nativas de regiões tropicais da América Latina e África. No Brasil, seu óleo-resina é amplamente utilizado em medicina popular como antiinflamatório, antisséptico e cicatrizante. No presente trabalho, avaliou-se, em uma primeira fase, a atividade antiinflamatória em modelo experimental agudo das seguintes amostras de óleo-resina: comercial, gentilmente cedida pela empresa Pronatus, Copaifera reticulata, C. multijuga e C. paupera. As amostras foram administradas pela via oral, sendo selecionada, das amostras identificadas botanicamente, a C. reticulata por apresentarem maior atividade. A amostra comercial também foi ensaiada no modelo experimental acima. Os óleo-resinas foram analisados por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas tendo revelado a presença de sesquiterpenos e diterpenos. Foram identificados vinte e dois compostos na amostra comercial e vinte seis na amostra de C. reticulata. Deste total, seis substâncias foram comuns a ambas as amostras. A seguir, os óleos-resinas foram destilados e separadas suas respectivas frações sesqui e diterpênicas. Tanto os óleos-resinas quanto suas frações foram avaliados farmacologicamente. As atividades farmacológicas testadas foram: atividade antiinflamatória aguda, subcrônica, crônica e ensaios de toxicidade aguda, subcrônica e citotoxicidade. A atividade antiinflamatória foi testada em cinco modelos: edema de pata induzido pela carragenina, nistatina e miconazol; indução de formação de tecido granulomatoso e dermatite induzida pelo óleo de cróton. Nos modelos utilizados as doses testadas foram de 2,47 ml/kg (DE50 no modelo da carragenina) para a amostra comercial e suas frações sesqui e diterpênicas e 2,02 ml/kg (Dose equipotente no modelo da carragenina) para a amostra de C. reticulata e suas frações sesqui e diterpênicas). Em todos os ensaios realizados com as amostras, evidenciaram-se intensa atividade antiflogística, com exceção da C. reticulata que apresentou elevada toxicidade no modelo de indução do tecido granulomatoso. Nos ensaios de toxicidade aguda, a amostra C. reticulata (DL50 = 4,48 ml/kg) apresentou toxicidade maior que a amostra comercial (DL50 > 12,35 ml/kg). Suas frações sesquiterpênicas foram bem menos tóxicas que seus correspondentes óleos-resinas com DL50 maiores que 9,14 e 20 ml/kg, respectivamente para C. reticulata e amostra comercial: Por outro lado, a fração resinosa (diterpênica) apresentou alta toxicidade com DL50 superiores a 2,85 e 1,29 ml/kg, respectivamente para a amostra comercial e C. reticulata. Nos ensaios de toxicidade subcrônica confirmou-se a toxicidade menor para a fração sesquiterpênica da amostra de C. reticulata. O óleo-resina de C. reticulata apresentou toxicidade renal e alterações hepáticas indicando que pode haver um comprometimento hepático.