Potencial anti-inflamatório da oleorresina de Copaifera paupera (Herzog) Dwyer - Leguminosae

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: LIMA, Helen Soares de lattes
Orientador(a): OLIVEIRA, Elaine Cristina Pacheco de lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Oeste do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biociências
Departamento: Instituto de Biodiversidade e Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/411
Resumo: O uso de produtos naturais como opção terapêutica alternativa cada vez mais vem sendo estimulado. Dentre os mais utilizados, destaca-se a oleorresina de copaíba, por seus efeitos anti-inflamatório e cicatrizante. Em decorrência disso, o objetivo desse estudo foi avaliar o potencial anti-inflamatório da oleorresina da espécie Copaifera paupera. Para isso, a pesquisa foi aprovada pela Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) da UFOPA, nº 01001/2014, assim como pelo SISBIO 44380-1. Foi realizada a coleta e a caracterização química da oleorresina da espécie C. paupera procedente da Floresta Nacional do Tapajós. Para os ensaios biológicos foram utilizados Rattus norvegicus, machos e fêmeas, saudáveis e sedentários. Inicialmente foi feita a avaliação da toxicidade oral aguda. O grupo teste foi tratado com 2000 mg/kg (v.o.) de oleorresina de C. paupera e acompanhados durante 14 dias para observação de possíveis reações tóxicas. Também foi realizada a avaliação das enzimas alanina aminotransferase, aspartato aminotransferase e gama-glutamil transferase, além de análise hematológica. No teste de irritação dérmica foi feita a tricotomia do dorso dos animais para aplicação da substância a ser testada (oleorresina de C. paupera in natura; gel de copaíba a 10% ou fonoforese), foram formados grupos de única aplicação e aplicações durante 6 dias. Foi observada a formação de eritemas/escaras e edema, graduados em grau 0 a 4. Para testar a ação da oleorresinarresina sobre fase inflamatória da lesão muscular, os animais foram submetidos a um trauma contuso e divididos em grupos tratados por 1 e 6 dias: Controle, que não recebeu tratamento; Grupo ultrassom terapêutico; Grupo gel de C. paupera a 10%; E grupo fonoforese. O músculo gastrocnêmio dos animais foi extraído e submetido à rotina histológica, corado com hematoxilina-eosina e analisado em microscópio óptico. A análise envolveu os parâmetros: infiltrado inflamatório, necrose, fibrose, edema e células com núcleo centralizado. Para a avaliação da atividade antiedematogênica foi realizado o teste de edema de pata induzido por carragenina, e como tratamentos foram utilizas duas formas de administração: uso tópico (in natura e em gel a 10%) e via oral (10, 100 e 500 mg/kg). Como resultados, a oleorresina de C. paupera apresentou os componentes majoritários: α-Copaeno (38,55%), β-Cariofileno (20,94%) e β-Bisaboleno (12,37%). Não gerou morbidade/mortalidade nos animais, nem alterações nas enzimas hepatobiliares ou no hemograma. Sua administração tópica não gerou irritação dérmica após única aplicação, porém, após 6 aplicações consecutivas, a forma in natura gerou eritema no dorso dos animais. Durante a avaliação histológica do tecido muscular, o gel de copaíba 10% gerou redução do edema tecidual no 2º dia, e redução do edema e do infiltrado inflamatório no 7º dia após a lesão. No teste de atividade antiedematogênica a oleorresina administrada por via oral inibiu o edema de pata na 1ª hora com as doses de 500 mg/kg e 100 mg/kg, e na 2ª e 3ª com a dose de 500 mg/kg. Já sua administração por via tópica não apresentou ação antiedematogênica. A partir disso, é possível sugerir que a oleorresina de Copaifera paupera além de possuir baixo índice de toxicidade, pode auxiliar na redução de processos inflamatórios agudos.