Atividade antinociceptiva e anti-inflamatória da óleo-resina da Copaifera Glycycarpa (Ducke)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Carvalho, Marissa Figueiredo lattes
Orientador(a): Cortes, Wellington da Silva lattes
Banca de defesa: Matheus, Maria Eline, Marinho, Bruno Guimarães
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa Multicêntrico de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14945
Resumo: A copaifera glycycarpa(Fabaceae-Caesapinioideaea), popularmente conhecida como copaíba cuiarana tem seu óleo utilizado por populações indígenas da região do Xingu para amenizar inflamações e infecções principalmente de pele e garganta . A atividade farmacológica do óleo Bruto (OR) de algumas espécies do gênero copaifera já demonstraram ter atividades ati-inflamatória, antinociceptiva, gastroprotetora, antimicrobiana entre outras, bem como foram isolados sesquiterpenos como cariofilenos e humulenos e diterpenos como copaenos, ácidos caurenóicos e poliáticos com atividade anti-inflamatória e gastroprotetora. Considerando estes indicativos, este trabalho objetivou avaliar o potencial antinociceptivo e anti-inflamatório da óleo-resina(OR) extraído do tronco de árvores de C.glycycarpa e de seus isolados ácido caurenóico e ácido poliáltico em modelos farmacológicos in vivo, administrados por via oral em camundongos machos adultos pesando entre 25-35g. Na avaliação antinociceptiva pelo teste das contorções abdominais, a OR(10-1000mg/kg) reduziu de maneira dose dependente as contorções(DI50%=145,24mg/kg). A OR reduziu ambas fases no teste da formalina, a dor neurogênica em 42,30% e a dor de origem inflamatória 69,01% sendo mais efeciênte na segunda fase na menor dose em 33,70%. Ainda no teste da formalina, a OR300mg/kg reduziu o tempo de reatividade dos animais em ambas fases sendo mais eficiente na segunda fase 84,78%, sendo este efeito parcialmente revertido pela naloxona. No teste da retirada de cauda utilizado um agonista opióide e OR30-1000mg/kg v.o), apenas a dose mais alta de 1g/kg(8.100 ± 0.5489) aumentou o tempo de retirada da cauda significativamente frente ao estímulo em relação aos seus controles veículo (5.300±0.3697) e fentanil(17.80±2.023) no mesmo tempo de avaliação no entanto não tanto quanto a droga de referência. A OR 300mg/kg mostrou ter efeito antinociceptivo aumentando o tempo de retirada da cauda e quando administrada aos grupo pré tratado com PCPA(100mg/Kg i.p), reverteu o efeito hiperalgésico. Na avaliação anti-inflamatória, o pré-tratamento com doses crescentes da OR (10-1000mg/kg)inibiu de forma dose-dependente e significativamente a formação do edema de orelha induzida por óleo de Croton em 79.95% sendo a DI50% de 321,34mg/kg, sendo esta atividade antiedematogênica mais um efeito que evidencia uma propriedade anti-inflamatória desta OR. No teste da pleurisia, o pré-tratamento com a OR (1000mg/kg, ácido caurenóico 10mg/Kg e ácido polialtico 20mg/kg, v.o), foi capaz de reduzir o número de leucócitos migrados para a cavidade pleural em 59,80%; 49,13% e 54,34% respectivamente enquanto a dexametasona inibiu 66,64% em relação aos controles, reforçando com estes resultados, as propriedades anti-inflamatórias da OR e esta inibição pode ser pelo menos em parte atribuída a atividade destes dois ácidos diterpenos contidos na OR. Avaliando a ação da OR sobre a atividade motora e Sistema Nervoso Central foi observado que a OR 300mg/kg teve efeito similar ao da droga de referência diazepam diminuindo a distância percorrida, o tempo de grooming e rearing e aumentando o tempo na zona central e de imobilidade no teste do campo aberto caracterizando um possível mecanismo anselitico e sedativo. Além disso, no teste da suspensão pela cauda nos animais pré-tratados com P-clorofenilalanina (PCPA 100mg/kg,i.p), Inibidor da enzima triptofano hidroxilases, o tempo de imobilidade foi significativamente maior que nos grupos controles e quando receberam tratamento com a OR o tempo de imobilidade dos animais retornaram ao nível dos controles mostrando uma possível ativividade antidepresiva dessa mistura.