Resumo: |
Realizou-se um estudo para caracterizar a situação epidemiológica da brucelose e tuberculose bovinas no circuito pecuário 2 do Estado de São Paulo, já que o Estado foi estratificado em sete circuitos pecuários. No total, foram amostrados 269 rebanhos tanto para brucelose quanto para tuberculose. As colheitas de amostras de sangue para o diagnóstico da brucelose e as inoculações intradérmicas para o diagnóstico da tuberculose foram realizadas, aleatoriamente, em 2.072 e 3.201 fêmeas bovinas com idade superior a 24 meses, respectivamente. Para o diagnóstico da brucelose, utilizou-se um protocolo de testes sorológicos em série, sendo o teste de soroaglutinação do antígeno acidificado tamponado (AAT) utilizado como método de triagem e o teste de fixação de complemento (FC) utilizado como teste confirmatório. Para o diagnóstico da tuberculose, utilizou-se o teste cervical comparativo (TCC). A prevalência estimada de rebanhos foi de 12,27% [8,60- 16,80%] para a brucelose e de 11,15% [7,65-15,54%] para a tuberculose, enquanto a prevalência estimada de animais reagentes foi de 3,1% [1,90-5,00%] para a brucelose e de 2,20% [1,10-4,20%] para a tuberculose. Em cada rebanho, foi também aplicado um questionário epidemiológico para verificar o tipo de exploração e as práticas zootécnicas e sanitárias que poderiam estar associadas ao risco de infecção pela doença utilizando como medida de associação a Odds Ratio (OR), também chamada de razão de chances. O fator de risco associado à condição de propriedade foco para a brucelose e para a tuberculose foi possuir rebanhos com mais que 23 fêmeas com idade superior a 24 meses, cujo valor de OR foi de 3,893 para a brucelose e 3,125 para a tuberculose. |
---|