Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Hadelândia Milon de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-19052017-091930/
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Resumo: |
Programas de Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (PCIRAS) são importantes na melhoria da qualidade dessa assistência, interligada hoje com o programa de segurança do paciente, por meio do controle e prevenção dos eventos adversos indesejáveis. O escopo deste estudo é analisar o desempenho dos PCIRAS dos hospitais da cidade de Manaus, Estado do Amazonas, assim como possíveis fatores intervenientes. Estudo transversal, de avaliação, desenvolvido em 2015, nos hospitais da cidade de Manaus, Estado do Amazonas, a partir de 50 leitos, junto a profissionais que atuam no PCIRAS.Dois instrumentos foram utilizados na coleta dos dados. O primeiro, para buscar uma caracterização geral dos hospitais e dos PCIRAS. O segundo se refere a quatro indicadores clínicos de avaliação de PCIRAS, previamente construídos e validados, sendo dois de estrutura e dois de processo: 1) (PCET) Estrutura técnicooperacional do programa de prevenção e controle de IRAS; 2) (PCDO) Diretrizes operacionais de controle e prevenção de IRAS; 3) (PCVE) Sistema de vigilância epidemiológica de IRAS; 4) (PCCP) Atividades de controle de prevenção de IRAS. Foram realizadas associações entre características das unidades hospitalares e dos PCIRAS com os resultados da avaliação. A amostra foi constituída de 25 hospitais, representando 89,3% da totalidade de acesso. A conformidade geral de todos os indicadores foi 69%. O PCET obteve a melhor conformidade (81,9%), seguido pelo PCVE (73,2%), PCDO (72,3%) e PCCP (48,6%). Pela verificação da conformidade mediana, os PCET e PCVE alcançaram 90%, indicando que metade dos hospitais apresentaram resultados próximos da totalidade do atendimento às diretrizes recomendadas nesses indicadores. Já, o PCCP, ambas as medidas se localizaram próximas de 50%, ou seja, é o indicador com pior desempenho entre as instituições avaliadas. Todos os indicadores resultaram em grandes dispersões e os valores de máximo e mínimo corroboram com a variabilidade relativamente alta que os PCIRAS desses hospitais apresentaram. Para os indicadores PCVE e PCCP foram observados hospitais em que nenhum de seus componentes foi atendido. Um hospital teve baixo desempenho em todos os indicadores e em 4 deles o desempenho foi superior a 80% em todos os indicadores. Obteve-se indícios de melhor conformidade dos indicadores, em geral, relacionados a: entidades mantenedoras privadas; existência de algum tipo de certificação/acreditação; composição da equipe do SCIH formada por enfermeiro, médico e outros (técnico de enfermagem e/ou bioquímico e/ou administrativo); vínculo empregatício institucionalizado do enfermeiro e médico do PCIRAS; carga horária exclusiva dos enfermeiros e médicos que atuam no SCIH, sendo acima de 6 horas para enfermeiro e acima de 4 horas para médico; tempo de experiência dos enfermeiros atuando no SCIH a partir de 5 anos e médicos entre 5 a 10 anos; capacitação em controle e prevenção de IRAS na admissão de recursos humanos (com exceção do indicador PCVE). Não houve indícios de melhor desempenho dos indicadores em relação à realização de auditorias internas e conhecimento prévio do enfermeiro para atuar no SCIH.Em razão da alta acessibilidade do universo de hospitais a partir de 50 leitos (89,3%) é possível considerar que os resultados refletem um diagnóstico geral dos PCIRAS dos hospitais de Manaus e, desse modo, com condição de contribuir para a gestão das unidades hospitalares desse município, no que ser refere à organização de seus PCIRAS, na busca constante do atendimento das diretrizes nacionais e a qualidade da assistência à saúde. A contínua aplicação dos indicadores de avaliação do PCIRAS em outros cenários trará um conhecimento do seu desempenho nas regiões do país e possibilitará não somente análises comparativas, como também contribuirão para tomadas de decisões políticas de controle e prevenção de IRAS, de acordo com as realidades especificas de seus PCIRAS. |