Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Samanta Vicente de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23139/tde-30082021-091308/
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Resumo: |
A extração de dentes em pacientes irradiados na região de cabeça e pescoço é o principal evento associado ao desenvolvimento de osteorradionecrose. E o desenvolvimento de protocolos preventivos é fundamental, visto que a necessidade extrações pode acontecer em virtude das diversas modificações observadas após a finalização do tratamento oncológico. Desta forma, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da fotobiomodulação (FBM) com laser de baixa potência na reparação óssea e da mucosa após a extração dentária em pacientes irradiados na região de cabeça e pescoço, por meio de ensaio clínico randomizado, duplo-cego e placebocontrolado. Dezesseis pacientes com necessidade de extração dentária foram randomizados de acordo com o seu risco de desenvolvimento de osteorradionecrose nos grupos intervenção (recebeu a FBM) e controle (simulação da FBM). Estes pacientes foram avaliados no pós-operatório de 90 dias quanto à densidade óssea, por meio da tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC), e quanto à dor, desconforto, qualidade de vida relacionada à saúde bucal, deiscência da sutura, edema e infecção no pós-operatório de 2, 7 e 14 dias. Três pacientes não concluíram o protocolo de avaliação de 90 dias e foram excluídos da análise. Nenhum caso de osteorradionecrose foi observado em decorrência das extrações realizadas neste estudo. Observou-se aumento significativo na densidade óssea entre as TCFC inicial e após 90 dias (P < 0.01). Entretanto, apesar dos valores relativos à densidade óssea serem discretamente maiores no grupo que recebeu a FBM, não se observou diferença estatisticamente significativa entre os grupos (P = 0.571) na análise de modelo linear misto. E a avaliação do risco de desenvolvimento de ORN do dente extraído constituiu uma variável importante nesta análise (P = 0.044). O grupo que recebeu a FBM não apresentou a necessidade de uso de anti- inflamatórios no pós-operatório, mas não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre os grupo quanto aos sintomas de dor e desconforto pós-operatório na avaliação por meio da escala visual analógica (P > 0.05) na avaliação pelo teste ANOVA de medidas repetidas. Porém foi observada melhora na qualidade de vida relacionada à saúde bucal entre os pós-operatório de 2 e 7 dias, apenas no grupo que recebeu a FBM (P = 0.002) e reparação da mucosa foi mais favorável no grupo intervenção (P = 0.002), no teste Post-Hoc de Tukey na análise por ANOVA de medidas repetidas. Os resultados deste estudo sugerem que a FBM com laser de baixa potência é uma ferramenta eficaz para a melhora de qualidade de vida no pós-operatório e para favorecer a reparação da mucosa. Porém mais estudos são necessários para avaliar a atuação da FBM na reparação óssea de pacientes submetidos a radioterapia na região de cabeça e pescoço. |