Efeitos da terapia por fotobiomodulação na vascularização e na resposta tumoral à radioterapia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Costa, Camilla dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/76/76133/tde-06012025-111721/
Resumo: A radioterapia (RT) é uma das técnicas mais utilizadas e bem-sucedidas para o tratamento de diversos tipos de câncer, entretanto, pode apresentar dois aspectos negativos principais: efeitos adversos e limitações no tratamento. A terapia por fotobiomodulação (PBMT) vem sendo amplamente investigada como alternativa para o primeiro caso, com o objetivo de mitigar ou prevenir efeitos adversos causados pela radiação ionizante. Contudo, para o segundo caso, apenas recentemente a PBMT vem sendo estudada como agente potencializador para a RT. A radiossensibilização induzida pela PBMT foi observada em alguns estudos, mas os mecanismos para esse fenômeno ainda são desconhecidos. Neste trabalho, foram investigados os efeitos vasculares da combinação PBMT-RT tanto em modelos in vitro como in vivo, a partir da hipótese de que alterações na vascularização poderiam mediar a radiossensibilização tumoral pela PBMT. Em células endoteliais, não foram observadas alterações significativas de proliferação in vitro. No modelo de membrana corioalantóica de embrião de galinha (CAM) não foram observadas alterações vasculares em termos de densidade vascular média nem diâmetro vascular médio para as terapias isoladas em nenhum dos parâmetros testados. Já nos experimentos em modelo de xenoenxerto de carcinoma em camundongos, foi observado que a PBMT-RT foi capaz de promover um aumento persistente do diâmetro vascular médio de 48% em relação ao controle, até o último dia de monitoramento (dia 9 do protocolo). A avaliação do crescimento tumoral mostrou também que a combinação PBMT-RT com os parâmetros utilizados é segura, não havendo aumento do crescimento tumoral em relação ao grupo submetido apenas a RT em nenhum momento da janela de observação. A análise de hipóxia realizada por imuno-histoquímica mostrou uma tendência de redução de 35% da área hipóxica do grupo PBMT relativo ao controle, enquanto os grupos irradiados (RT e PBMT-RT) apresentaram uma redução de área hipóxica significativa de aproximadamente 49% para o grupo RT e 62% para PBMTRT, também relativos ao grupo controle. Houve uma tendência de redução na hipóxia de 26% do grupo PBMT-RT relativo grupo RT, entretanto, essa diferença não foi estatisticamente significativa. Portanto, o trabalho trouxe evidências iniciais de que a combinação PBMT-RT tem efeito sobre parâmetros vasculares do tumor e que estudos com o intuito de esclarecer os mediadores desses efeitos podem ser promissores e são necessários para o entendimento da associação entre essas terapias no contexto oncológico.