Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Gabriela de Castro Maciel de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8156/tde-26082024-105225/
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Resumo: |
Caderno de memórias coloniais, de Isabela Figueiredo, é uma obra portuguesa, publicada em 2009, que apresenta, em relatos testemunhais, a vivência de uma narradora e protagonista, filha de colonos portugueses em Moçambique, que ali viveu entre os anos 1963 e 1975, quando a guerra de libertação dos moçambicanos e, posteriormente, a Revolução dos Cravos forçaram a volta desse grupo à metrópole portuguesa. Apesar de ter chamado a atenção do público e da crítica especializada e não especializada, devido à reconstrução crítica que faz do passado colonial português, a maior parte das pesquisas desenvolvidas sobre a obra focalizaram a crítica anticolonial de um modo geral, sem se ater especificamente a sua crítica antirracial. Esta pesquisa se dedica a demonstrar a pertinência de uma leitura da obra que enfatize a indissociabilidade entre o colonialismo e o racismo, partindo da consciência de que essa intersecção está materializada e problematizada de modo contundente na narrativa. O estudo de sua recepção demonstrou que, apesar de poder ser considerada uma obra de conteúdo antirracista, o fato de esse aspecto ter ficado em segundo plano nas leituras da crítica não especializada e mesmo, em certo grau, da crítica especializada, alerta para a permanência, na atualidade, do preconceito racial oriundo do processo colonial português |