Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Juliana de Lucena Martins |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17150/tde-03082015-143606/
|
Resumo: |
Introdução: A cicatrização subconjuntival excessiva é a maior causa de falha cirúrgica no glaucoma. Uma vez que o ácido rosmarínico apresenta ação antifibrótica, é interessante avaliar seu uso como adjuvante na cirurgia filtrante do glaucoma. Objetivos: Comparar os achados clínicos e histopatológicos e a expressão gênica de fatores relacionados à cicatrização tecidual entre coelhos submetidos à cirurgia antiglaucomatosa experimental (CAGE) e tratados com injeções subconjuntivais de ácido rosmarínico ou com injeções de solução salina 0,9%. Material e Métodos: Estudo experimental intervencionista, do tipo ensaio clínico randomizado, no qual 41 coelhos New Zealand foram submetidos à CAGE no olho direito e divididos em dois grupos de tratamento: grupo A (n=21), tratados com injeções subconjuntivais de 0,1 ml de solução salina 0,9% e grupo B (n=20), tratados com injeções subconjuntivais de 0,1 ml de ácido rosmarínico 15 mg/ml (3 dias antes da cirurgia, ao final desta e a cada 3 dias até a eutanásia). Os efeitos do tratamento foram avaliados com cinco dias (grupos A1 e B1) e com 15 dias (grupos A2 e B2) por meio da avaliação da pressão intraocular (PIO) com Tonopen, de aspectos da ampola filtrante com base no Moorfields Bleb Grading System, do estudo histopatológico (contagem de neutrófilos/campo, vasos/campo, densidade de colágeno corado com Sirius Red, imuno-histoquímica anti--actina e anti-VEGF) e do RT-PCR (colágeno tipo 1 alfa-1 COL1A1 e TGF-2). As fotomicrografias foram avaliadas quantitativamente com o software ImageJ® 1.36 (Sirius Red, -actina e VEGF) e os dados comparados por testes não paramétricos, sendo p<0,05 considerado estatisticamente significativo. Resultados: Não houve diferença significativa nas comparações da PIO entre os grupos. Nas avaliações da ampola filtrante, apenas o grupo B2 apresentou maiores escores de área central (p=0,0004), área máxima (p=0,0007) e altura (p=0,0239). Os grupos B1 (p<0,0001) e B2 (p=0,0011) apresentaram escores significativamente menores no parâmetro vascularização que os seus respectivos controles. Houve diminuição significativa de neutrófilos/campo somente no grupo B2 (p=0,0159). O número de vasos/campo também foi significativamente menor nos grupos B1 e B2, em comparação aos seus respectivos controles (p=0,0079 e p=0,0345, respectivamente). Não foram observadas diferenças significativas na coloração com Sirius Red e na imuno-histoquímica para anti--actina entre os grupos, porém o grupo B1 apresentou menor marcação anti-VEGF (p=0,0190). As análises por RT-PCR para TGF-2 e COL1A1 não demonstraram diferenças entre os grupos, com exceção do grupo B2, que apresentou maior expressão de COL1A1 quando comparado ao seu controle (p=0,0159). Conclusões: Os resultados apontaram para os potenciais efeitos anti-inflamatórios e moduladores da neovascularização do ácido rosmarínico em cirurgias antiglaucomatosas. Apesar do grupo B demonstrar melhor aspecto clínico (exceto a PIO, que não demonstrou diferença entre os grupos), a ação antifibrótica do ácido rosmarínico não pôde ser comprovada. |