Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Guedes, Ricardo Augusto Paletta
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Orientador(a): |
Chaoubah, Alfredo
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Banca de defesa: |
Omi, Carlos Akira
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Leite, Isabel Cristina Gonçalves
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva
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Departamento: |
Faculdade de Medicina
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2864
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Resumo: |
O glaucoma é considerado pela Organização Mundial de Saúde como a principal causa de cegueira irreversível no Brasil e no mundo. A forma mais comum, o glaucoma primário de ângulo aberto, tem bases genéticas, portanto sua prevenção primária ainda é inviável do ponto de vista prático. As principais ações para evitar a progressão para cegueira estão voltadas para sua prevenção secundária (diagnóstico precoce e tratamento eficaz). O principal fator de risco para a progressão da doença é a hipertensão ocular. Nos pacientes glaucomatosos, a pressão intra-ocular (PIO) se eleva por uma obstrução parcial e gradativa da via de escoamento do humor aquoso no olho, chamada trabeculado. O tratamento do glaucoma pode ser realizado através de colírios, laser ou cirurgia. Dentre as diferentes técnicas cirúrgicas, a esclerectomia profunda não penetrante (EPNP) aparece como alternativa à clássica trabeculectomia, tendo como objetivos o controle da PIO e a redução das complicações intra e pós-operatórias presentes na trabeculectomia. O envelhecimento da população mundial requer uma alocação custo-efetiva de recursos no tratamento e no controle do glaucoma. Com a previsão do aumento da incidência e da prevalência do glaucoma no futuro, o impacto econômico aumentará significativamente. O objetivo deste estudo é avaliar o impacto da EPNP na saúde coletiva como forma de prevenção da cegueira pelo glaucoma, através da análise de seus resultados (efetividade e complicações) e através do cálculo da relação de custo-efetividade para o Sistema Único de Saúde (SUS) em uma série de 228 casos operados, com 5 anos de acompanhamento. Comparou-se o resultado com a relação custo-efetividade dos análogos de prostaglandinas (isoladamente e em associação com o Timolol ou com o Cosopt). A EPNP apresentou taxas de sucesso comparáveis às encontradas na literatura (68,42% para PIO < 18 mmHg sem medicação) com poucas complicações intra e pós-operatórias. A complicação mais freqüente foi a fibrose da bolha de filtração, ocorrida em 20,6% dos casos, comparável a estudos prévios. O custo para se obter uma redução de 1% da PIO ao final de 5 anos foi R$ 28,54 para a EPNP. O mesmo custo para os medicamentos variou de R$ 58,65 até R$ 129,85. A economia para o sistema de saúde pode chegar a até 78,02%. As repercussões, em termos de saúde pública, dos resultados obtidos são discutidas e analisadas. |