Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Panes, Vanessa Clivelaro Bertassi |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-25022011-111802/
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Resumo: |
Fragilidade é uma síndrome clínica caracterizada pela redução da reserva de energia e pela resistência diminuída aos estressores, quadro esse resultante do declínio cumulativo das funções fisiológicas que causam maior vulnerabilidade às condições adversas. Embora não exista, até o momento, uma definição consensual, Fried e col propuseram, em 2001, um modelo de fragilidade identificável a partir de um fenótipo com cinco componentes mensuráveis (perda de peso não intencional, exaustão, baixa atividade física, diminuição da velocidade de caminhada e diminuição de força). Esse estudo é parte do Estudo SABE - Saúde, Bem-estar e Envelhecimento - e foi desenvolvido com o objetivo de identificar a prevalência da síndrome de fragilidade nos idosos residentes no Município de São Paulo em 2000 por meio da utilização de critérios adaptados tendo por base o fenótipo de fragilidade e seus fatores associados bem como verificar a ocorrência de desfechos adversos associados à síndrome em 2006 (óbito, institucionalização, quedas, hospitalização e diminuição da capacidade funcional). Foram utilizadas as bases de dados de 2000 e 2006 do referido estudo. A adaptação do modelo foi realizada e testada na base de dados de 2006 obtendo-se uma sensibilidade de 81,8% e uma especificidade de 91,7%, considerados adequadas. O modelo final adaptado foi composto por quatro componentes tendo sido excluída baixa atividade física e a categorização de fragilidade seguiu o proposto por Ottenbacher e col (2005): nenhum componente=não frágil, um componente=pré-frágil, dois ou mais componentes=frágil. Os fatores associados foram obtidos por meio de análise de regressão logística a um nível de significância de 5%. Com a aplicação do modelo adaptado obteve-se uma prevalência, em 2000, de 34,5% de pessoas idosas pré-frágeis ou em processo de fragilização e 16% de frágeis sendo mais acentuado entre as mulheres e entre os idosos longevos (75 anos). Observou-se significância estatística com todos os desfechos (óbitos, quedas, institucionalização, hospitalização e diminuição da capacidade funcional) entre as mulheres mais jovens (60 a 74 anos), relação essa mantida para as mais longevas ( 75 anos) para os desfechos óbito, institucionalização e diminuição da capacidade funcional. Entre os homens, tanto mais jovens quanto mais longevos, observou-se associação estatisticamente significante com o desfecho óbito. Os fatores associados à fragilização nesse grupo foram: idade avançada, auto-avaliação do estado de saúde ruim ou muito ruim, presença de comorbidades e de sintomas depressivos, dificuldade no desempenho de atividades instrumentais de vida diária e hospitalização anterior. Esses resultados visam contribuir para o estabelecimento de medidas de prevenção e detecção precoce da síndrome de fragilidade entre as pessoas idosas buscando evitar a ocorrência dos desfechos adversos a ela associados e contribuindo, assim, para um envelhecimento mais ativo e com melhor qualidade de vida. |