Lipoproteína de baixa densidade oxidada (LDLox) versus lipoproteína de baixa densidade eletronegativa [LDL(-)] de adolescentes: análise comparativa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Cohen, Danielle
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/89/89131/tde-19032014-165411/
Resumo: A obesidade é considerada uma doença crônica e multifatorial, onde eventos como a inflamação de baixa intensidade e as modificações oxidativas estão presentes. A elevada prevalência de obesidade tem impacto direto no desenvolvimento precoce de diabetes mellitus, hipertensão e outros fatores de risco cardiovasculares. Esse perfil tem motivado a identificação de biomarcadores precoces, sendo o monitoramento da lipoproteína de baixa densidade oxidada (LDLox) e lipoproteína de baixa densidade eletronegativa [LDL(-)] potenciais candidatos. Diante do exposto, o objetivo deste estudo foi realizar a análise comparativa e de correlação entre o conteúdo de LDLox e [LDL(-)] em adolescentes. Foram selecionados 137 adolescentes de ambos sexos, com faixa etária de 10 a 19 anos e regularmente em matriculados em escolas públicas da cidade de São Paulo. O peso, altura e circunferência da cintura (CC) foram avaliados. Após jejum (12h-15h) foi coletada uma amostra de sangue e, a partir do plasma, foram realizadas as seguintes análises: glicose, insulina, perfil lipídico, apolipoproteína (AI e B), ácidos graxos não esterificados, tamanho de HDL, atividade da CETP e LDL(-) e LDLox. Os resultados encontrados foram analisados por meio do programa SPSS 15.0, considerando valor de significância de p< 0,05. Os 137 adolescentes foram distribuídos em dois grupos: 71 no Eutrófico (51,82%) e 66 no Obeso (48,18%), segundo a classificação do IMC. 48 (35,04%) dos adolescentes eram do sexo masculino e 89 (64,96%) do sexo feminino, com idade média de 14,2 (2,3) anos. Em relação à CC, observou-se que essa confirmou a classificação feita pelo IMC. Observou-se também uma maior prevalência de hipertensão (65% p = 0,011) e obesidade (64,7% p=0,041) nos antecedentes familiares do grupo Obeso quando comparado ao grupo Eutrófico. Os adolescentes obesos apresentaram maiores valores de triglicerídeos, HDL, APO B, CETP, insulina e LDL(-) e LDLox, quando comparados aos eutróficos. Perfil inverso foi observado para Apo AI. O conteúdo de LDLox e LD(-) variou significativamente em função do IMC. Entretanto, essas partículas de LDLs não se correlacionaram entre si, embora tenham apresentado associação com outros parâmetros cardiometabólicos. Os resultados obtidos confirmam o impacto negativo da obesidade sobre os parâmetros cardiometabólicos de adolescentes e, apesar do conteúdo de LDLox e LDL(-) ter aumentado em função do IMC, essas partículas parecem ser estruturalmente distintas. Essa possibilidade foi reforçada pelas diferentes associações dessas partículas com outros marcadores bioquímicos.