Computação topológica e controle voluntário em arquiteturas naturais e artificiais.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1997
Autor(a) principal: Del Nero, Henrique Schutzer
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3139/tde-28112024-162426/
Resumo: A distinção entre formas de controle no sistema nervoso central - voluntário e automático - não tem sido tratada como forma de abordagem das arquiteturas artificiais que exibem cognição, nem tem sido utilizada como artifício de solução para o problema cérebro-mente em sistemas naturais. Este trabalho procura estabelecer um elo possível de redução do mental ao físico, tomando, para isso, a consciência como elemento crucial dos sistemas genuinamente cognitivos. Recentes dados científicos a esse respeito indicam que oscilações de neurônios isolados e de assembléias deles, seguidos de sincronização entre diferentes fontes, pode ser um mecanismo universal de geração de relações que respondem, desde a formação de objetos perceptuais, até a geração de consciência e controle voluntário sobre as ações. Parte-se assim da suposição de que, se objetos são representados sob a forma de oscilações, há alguma peculiaridade na estrutura matemática que descreve o conjunto dessas oscilações, tal que o sistema reconheça quando deverá chavear para o modo voluntário ou quando deverá se manter no modo automático. Adotando-se a Teoria de Sistemas Dinâmicos como ferramenta teórica de descrição de objetos-oscilações, supõe-se ser a existência de instabilidade estrutural no nível da equação - e portanto bifurcação no espaço de parâmetros -, o que determina o roteamento de informação para o modo voluntário de controle. Com o tempo, principalmente através doaprendizado, o sistema ajustará seus parâmetros, de tal sorte a propiciar que se controle aquele objeto-problema-relação no modo automático. A consciência e sua variedade de controle voluntário computariam assim sobre mudanças de topologia no espaço de soluções de um objeto, deixando, para o modo automático, o controle quantitativo, descrito por estabilidade estrutural. O modelo proposto (átomo cognitivo) se baseia, acorde com as noções de oscilação e sincronismo, em malhas de ) sincronismo de fase (PLL). Conectam-se duas malhas, uma de terceira ordem (na qual já se demonstrou ocorrer uma bifurcação Hopf) e outra de segunda ordem. O modelo teórico assim desenhado permite identificar, com a primeira malha, o controle automático sobre a ação e o recrutamento da segunda quando, na bifurcação de Hopf e na alteração topológica do erro de saída da primeira malha, captura o estado síncrono do erro da primeira, tal estivesse realizando um controle voluntário sobre o que a porção automática não foi capaz de resolver.