Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Mira, Bárbara Paiva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17151/tde-29102024-171728/
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Resumo: |
Introdução: Urgências otorrinolaringológicas não são raras. Correspondem à boa parte dos atendimentos em um serviço especializado em otorrinolaringologia, englobando desde queixas simples a situações de reais emergências, casos potencialmente graves, irreversíveis ou fatais se não admitidas e tratadas em curto período de tempo. O serviço de atendimento às urgências Otorrinolaringológicas do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCFMRP-USP) ocorre em dois locais de atendimento: no Centro Especializado de Otorrinolaringologia e Fonoaudiologia do HCFMRP-USP (CEOF), na Unidade Campus e Unidade de Emergência (UE). Os dois serviços, em conjunto, são a única referência de atendimento de urgência em Otorrinolaringologia em toda a DRS XIII, que abrange uma população de mais de 1.470.000 pessoas de 26 municípios. Os pacientes chegam a esses locais encaminhados via Regulação Municipal ou via Regulação Estadual (Cross), para pacientes dos outros municípios. Nota-se, no entanto, grande quantidade de casos que apresentam falha no processo de encaminhamento, gerando problemas à equipe assistente e ao paciente. O mapeamento dos atendimentos auxiliará no maior conhecimento do perfil de atendimentos de urgência em Otorrinolaringologia do HCFMRP-USP; e para organizar, junto ao Sistema Único de Saúde, novos fluxos de atendimento. Objetivos: Este estudo propôs reunir dados referentes a todos os pacientes admitidos no setor de urgências da Otorrinolaringologia do HCFMRP-USP no período de 12 meses (01 de março de 2019 a 29 de fevereiro de 2020), incluindo dados do paciente, diagnóstico e desfecho. Com isso, pretendeu-se identificar quais perfis de pacientes são predominantes num cenário de urgência da Otorrinolaringologia, além de observar eventuais encaminhamentos incorretos. Materiais e Métodos: Foi realizado estudo epidemiológico, do tipo corte transversal, retrospectivo, em que foram coletados dados demográficos (idade, sexo), diagnóstico e classificação por subespecialidade. Foram excluídos atendimentos de retornos, atendimentos sem desfecho por evasão e aqueles não digitalizados. Também foi discriminado, caso tenha sido realizado encaminhamento incorreto e justificativa (especialidade incorreta ou não urgência/emergência); e anotados os desfechos iniciais, como a necessidade de internação ou de intervenção cirúrgica (relacionada ao diagnóstico da entrada). Resultados: Foi atendida ampla faixa de idade, de 0-100, com menor idade média no cenário com atendimentos noturnos, de finais de semana e feriados. A subespecialidade mais frequente foi Otologia, com cinco dos seis diagnósticos mais prevalentes. Foi observada maior proporção de encaminhamentos incorretos durante horário comercial, especialmente por aumento de diagnósticos não urgentes. No cenário da Unidade de Emergência (horário não comercial) houve maior proporção de encaminhamentos incorretos por erro da especialidade de destino. Observou-se, ainda, variação sazonal entre os principais diagnósticos encaminhados, com aumento de otites externas e cerume no verão e epistaxe, otite média aguda e agudização de otite média crônica no inverno. Conclusão: Verificou-se grande quantidade de encaminhamentos incorretos em ambos os cenários, tanto por casos não urgentes quanto por especialidade de Resumo destino incorreta. Os resultados apontam para a necessidade de melhoria no processo de regulação dos casos, treinamento do médico generalista para o diagnóstico correto de doenças otorrinolaringológicas, assim como instalação de unidades especializadas de nível secundário em Otorrinolaringologia para resolução de casos não urgentes terciários. Essas medidas têm potencial de melhorar a superlotação das unidades de urgência, assim como reduzir o tempo de atendimento e a morbidade dos pacientes erroneamente encaminhados. |