Avaliação na/da Educação Infantil paulistana: uma análise de narrativas de professoras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Martins, Milena Pedroso Ruella
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48140/tde-24012024-153646/
Resumo: Esta tese apresenta os resultados da pesquisa de doutorado, a qual investigou duas instâncias da avaliação na educação infantil que ocorrem na rede municipal de São Paulo, denominadas no estudo como institucional e pedagógica, por meio da abordagem metodológica das narrativas (auto)biográficas de professoras. A opção metodológica justifica-se pelo fato de que estas proposições se destinam expressivamente às professoras e, desse modo, por meio das narrativas, buscou-se valorizar, conhecer e analisar as relações entre suas experiências, saberes e trajetórias diante das questões relativas à avaliação. Entende-se as duas instâncias da avaliação por: a) Institucional: a autoavaliação institucional participativa (AIP) - Indicadores de Qualidade da Educação Infantil Paulistana (IQs São Paulo, 2015) - realizada pela comunidade escolar com fins de verificar e melhorar a qualidade do atendimento prestado à primeira infância, e b) Pedagógica: a elaboração da documentação pedagógica para o acompanhamento do percurso educativo das crianças na escola, reflexão e replanejamento do trabalho docente e comunicação à comunidade sobre o cotidiano e aprendizagem das crianças. Para realização da pesquisa, foram consultados documentos curriculares e legislações que tratam da avaliação para a educação infantil em âmbito federal e municipal, no período de 1996 a 2019, nas dimensões pedagógica e institucional. Também foi realizado o levantamento de produções acadêmicas sobre o tema da pesquisa, bem como a leitura de fontes bibliográficas que conceituam o tema deste estudo: documentação pedagógica (cujos pilares são a escuta, a observação, o registro e a reflexão) e a implementação da avaliação institucional no contexto paulistano. As fontes nucleares consistiram nas narrativas de seis docentes da educação infantil da rede municipal de São Paulo, em Centros de Educação Infantil e Escolas Municipais de Educação Infantil da rede direta, para compartilhar as suas experiências profissionais que expressam incorporações das proposições em avaliação pedagógica e institucional, com destaque às dimensões dos Indicadores de Qualidade participação, escuta e autoria dos bebês e crianças e relações étnico-raciais e de gênero. As narrativas foram evidenciadas por meio de relatos escritos e orais que tiveram os objetivos de expressar, sistematizar, teorizar essas experiências e analisar os registros que compõem suas práticas avaliativas, dentre os quais foram compartilhados: cartas de intenções, portfólios, relatórios e diários de bordo. Destacam-se das categorias de análise os desafios e potencialidades da avaliação pedagógica e institucional, evidenciadas pelas narrativas das professoras. Concluiu-se que as práticas avaliativas adotadas pela rede municipal de ensino são coerentes com os princípios da Pedagogia da infância e com as proposições federais e se faz necessário investir em formação para a ressignificação das práticas pedagógicas na educação infantil e para a cultura de avaliação institucional participativa. Também conclui-se que a participação dos bebês e das crianças no cotidiano e nas decisões da escola precisa se efetivar como práticas de toda rede e que as devolutivas e o acompanhamento dos planos de ação das escolas devem ser feitos pelas instâncias superiores a elas, diretorias regionais de educação e secretaria municipal de educação.