Autoavaliação institucional participativa da educação infantil da cidade de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Festa, Meire
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-01082019-154513/
Resumo: Este trabalho versa sobre a autoavaliação institucional das unidades de educação infantil paulistanas. O estudo envolveu creches, Centros de Educação Infantil e Escolas Municipais de Educação Infantil, vinculadas à Secretaria Municipal de Educação da cidade de São Paulo (SME) e analisou o percurso de implementação da Autoavaliação Institucional Participativa (AIP), que se configurou como política pública do município de São Paulo, de 2013 a 2016. Tratou-se de uma pesquisa educacional que recorreu a métodos quantitativo e qualitativo na produção e análise dos dados (GÓMEZ; FLORES; JIMÉNEZ, 1999), caracterizada como estudo de caso (YIN, 2005). Objetivou-se compreender como o processo da AIP foi vivenciado pelos participantes: possibilidades e benefícios, obstáculos e desafios. Para estabelecer um panorama da avaliação institucional da educação básica no Brasil e, em particular, da avaliação da educação infantil paulistana, e identificar os preceitos basilares orientadores, tomou-se como base argumentativa os estudos de autores como Bondioli e Sávio (2004, 2013); Freitas (2005, 2009, 2016), Sordi (2009a, 2009c, 2010), Campos e Ribeiro (2016, 2017) e Moro (2014, 2017). Para as questões ligadas à formação, gestão e liderança, estabeleceu-se diálogo com autores como Formosinho e Machado (2009), Pinazza ( 2013, 2014), OliveiraFormosinho (2002,2016), Day (2001) e Freire (1996,2016) entre outros. Os dados foram gerados mediante a aplicação de questionário e de entrevista semiestruturada a participantes da AIP, integrantes da amostra tomada neste estudo; a realização de observação participante de variados momentos formativos promovidos pela SME e a análise documental de materiais produzidos ao longo do processo. Os achados do estudo foram considerados a partir da análise de conteúdo nos termos de Bardin (2011). Sob a ótica das participantes, em relação ao processo de AIP instituído, o estudo identificou que: a ação foi muito valorizada; a maneira como SME implantou a autoavaliação e a ela deu continuidade foi legitimada; houve efetiva defesa da continuidade do processo e o processo de AIP foi considerado capaz de trazer transformações concretas para as práticas educativas. Identificou-se que os variados prismas de análise das participantes, geraram resultados diversos quanto aos benefícios, potencialidades e dificuldades da AIP. Como conclusões, podemos destacar que há uma grande demanda formativa, tanto para ser atendida pela própria unidade educacional, quanto pela SME, com vistas a fomentar a análise crítica da prática pedagógica desenvolvida, e promover situações de participação verdadeiramente democráticas dos atores envolvidos na AIP. Constatou-se ainda que essas ações formativas, voltadas ao desenvolvimento profissional das educadoras, devem ser constituídas e apoiadas pela SME, visando à qualificação do processo de AIP, em particular no que tange às transformações consideradas necessárias pelo grupo que efetivou a autoavaliação participada e elegeu ações prioritárias de intervenção no contexto educativo.