Ensino da escrita em inglês com foco no desenvolvimento: uma análise das concepções de língua e escrita dos alunos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Santos, Cintia Lima de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-22082012-113606/
Resumo: Esta pesquisa focaliza as concepções de língua e escrita de alunos de um curso de escrita em inglês fundamentado na perspectiva conceitual (FERREIRA, 2005), uma abordagem para o ensino da escrita em língua estrangeira que alia a escola australiana de gêneros textuais a uma pedagogia baseada na teoria da atividade, conhecida como MAC (Movimento do Abstrato para o Concreto). Com base nos pressupostos da perspectiva vygotskiana (VYGOTSKY, 1978, 1987) e tendo como referência as concepções de língua e escrita subjacentes às três principais abordagens para o ensino da escrita em inglês, tradicional, processual e social (cf. FERREIRA, 2005, 2011), buscou-se verificar se ocorre ou não mudança nas concepções de língua e escrita dos alunos ao longo do curso. Planejado e ministrado pela própria pesquisadora, o curso intitulado Praticando a escrita em inglês por meio de gêneros textuais: a argumentação, foi oferecido como curso de extensão em uma universidade pública do estado de São Paulo. Participaram da pesquisa seis alunas, com idades entre 23 e 51 anos. A maioria possui graduação em Letras e apenas uma não é pós-graduada. A seguinte pergunta de pesquisa foi elaborada: houve mudança nas concepções de língua e escrita dos alunos ao longo do curso? Para responder a essa pergunta de pesquisa, foram identificadas as concepções de língua e escrita das participantes no início (1ª etapa da análise) e ao longo do curso (2ª etapa da análise). Os dados coletados no início do curso correspondem às respostas das alunas às perguntas feitas pela instrutora em uma Ficha de Identificação e em um Teste de Proficiência. A análise desse primeiro conjunto de dados revelou concepções tradicionais de língua e escrita por parte das alunas, decorrentes, principalmente, 1) de sua crença na necessidade de conhecimentos relacionados à gramática e a vocabulário, 2) da apresentação de objetivos categorizados como escolar e emocional, 3) da experiência mecânica e descontextualizada que tiveram com a escrita no contexto escolar e 4) da ausência quase total de usos significativos da escrita em seu dia a dia. Os dados coletados ao longo do curso correspondem às declarações e respostas das alunas às perguntas feitas pela instrutora em seus diários dialogados. A análise desse segundo conjunto de dados revelou, por sua vez, o início de um processo de mudança propiciado pelas reflexões realizadas em aula e em seus diários. Podemos dizer que esse estudo confirmou a importância do foco nas crenças e, principalmente, na mudança de crenças no processo de ensino e aprendizagem de línguas considerando-se, sobretudo, a precariedade do ensino da escrita nos dias atuais, como revelam estudos recentes nessa área (FERREIRA, 2011; RIOS, 2010).