Comparação entre a punção primária e secundária da prótese fonatória traqueoesofágica: uma revisão sistemática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Barauna Neto, José Carlos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5132/tde-06022017-093248/
Resumo: Introdução: Desde as primeiras laringectomias totais, a perda da voz natural é considerada uma das principais consequências. Durante décadas, têm-se desenvolvido mecanismos e próteses na tentativa de conseguir a reabilitação vocal com taxas variáveis de sucesso. Após a introdução das punções traqueoesofágicas e passagem da prótese fonatória, esta passou a ser o método de escolha. A passagem primária (PTE1) traz a vantagem da utilização mais precoce da voz, no entanto, existe a preocupação com o risco aumentado de complicações. Objetivo: Comparar as complicações e o sucesso na reabilitação vocal de pacientes submetidos à reabilitação por punção tráqueoesofágica (PTE) primária e secundária por meio de uma revisão sistemática. Métodos: Foram incluídos estudos que compararam a eficácia da PTE primária e secundária quanto a reabilitação fonatória e taxas de complicações. Foi consultada a base de dados eletrônica MedLine via Pubmed, Scielo, Lilacs, Cochrane e Websco até junho de 2016, utilizando-se a estratégia de busca com descritores os \"laryngectomy AND (tracheoesophageal puncture OR punctures)\", \"(laryngeal neoplasms OR laryngectomy) AND (pharyngocutaneous fistula OR cutaneous fístula)\" no PubMed e EMBASE; e \"(neoplasias laríngeas OR laringectomia) AND (fistula cutânea)\" no MEDLINE. Resultados: Para o vazamento ao redor da prótese, o grupo PTE1 apresentou índice maior que o PTE2 (22,5% vs. 6,9%), p=0,03. Houve maior ocorrência de infecção de ferida operatória (9,1% vs. 3,9%) e para estenose de traqueostoma (8,5% vs. 4,5%) no grupo PTE1 em relação ao PTE2, porém, sem significado estatístico. A avaliação da qualidade de voz não foi possível devido à heterogeneidade dos estudos. Conclusão: Há redução do risco de vazamento ao redor da prótese de aproximadamente 10% no grupo de pacientes submetidos à punção traqueoesofágica secundária