Nietzsche e o primado da prática: um espírito livre em guerra contra o dogmatismo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Mattos, Fernando Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-01112007-140014/
Resumo: A presente tese apresenta uma reflexão sobre o perspectivismo nietzschiano e sua relação com o projeto de uma transvaloração dos valores, ao qual estaria subordinado. Daí falarmos num \"primado da prática\" sobre a teoria a partir de um paralelo com o pensamento kantiano, que nos fornece elementos para pensar, por exemplo, a possibilidade de um discurso \"normativo\" mesmo ali onde os aspectos \"descritivos\" da cosmologia pareciam sufocar a capacidade do homem para a ação. Torna-se plausível, desse ponto de vista, a idéia de uma \"guerra filosófica\", conduzida sob o signo do espírito livre e de sua liberdade de tipo nobre, contra o dogmatismo que teria marcado os vários empreendimentos filosóficos da história ocidental. Graças ao duplo ponto de vista de inspiração kantiana, porém, e ao propósito de não aceitar acriticamente a \"letra do texto\", uma tal guerra deixaria de atrelar-se à defesa da aristocracia e poderia associar-se a certos ideais dessa mesma tradição cultural que Nietzsche teria pretendido implodir, entre eles a liberdade individual e de criação cuja efetividade parece depender, em princípio, de um certo pressuposto democrático.