A filosofia do Espírito Livre em Nietzsche: tensões, rupturas e inovações.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Berbare, Daniel de Alvarenga
Orientador(a): Araldi, Clademir Luís
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Departamento: Instituto de Filosofia, Sociologia e Política
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5031
Resumo: O presente estudo visa analisar a filosofia do espírito livre em Nietzsche. Para tanto, pesquisaremos o desenvolvimento desse tipo superior de homem como uma forma de superação de todo o dogmatismo. Abordando a sua origem: com o rompimento de seus antigos mestres e tudo que lhe era venerável até as formulações mais tardias presentes em Além do bem e mal e nos prefácios de 1886. Analisando, também, as diferentes formulações do espírito livre. Neste sentido, é preciso investigar como ocorre o processo de ruptura responsável para que o espirito encontre sua liberdade. A filosofia histórica e a ciência têm um papel decisivo ao fornecerem as ferramentas e a disciplina necessárias para romper com as ilusões da metafísica. Exemplificando, também, que o espírito livre é um conceito relativo, visto que é em oposição aos espíritos cativos. Investigaremos como Nietzsche passa a ver a vida como uma experiência daquele que conhece. O filósofo alemão anuncia a morte de Deus e com ela abre-se um mar infinito de possibilidades de experimentação. Sendo assim, é fundamental abordar como a morte de Deus está imbricada com a filosofia do espírito livre. Ressaltando que a metáfora das três transmutações do espírito, em especial a da segunda metamorfose representada pela mudança do camelo para leão, tem um papel determinante. A mudança de postura do “tu deves” (camelo) para o “eu quero” (leão) é ainda uma liberdade negativa, porém necessária ao caminho da criação. Por fim, trataremos das últimas formulações dos espíritos livres, ressaltando a sua relação com a temática da vontade de poder. Neste período do pensamento de Nietzsche, o perspectivismo é central, já que não existem mais fatos e apenas interpretações. Nada no mundo é senão vontade de poder, deste modo o valor das coisas existe apenas na interpretação. Neste sentido, veremos se o espírito livre realiza a superação da moral e a tarefa da criação de novos valores.