Cognição e exercício físico em idosos de um município paulista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Janoni, Sandra Aparecida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-26082013-105913/
Resumo: O envelhecimento populacional é, hoje, fenômeno mundial consequente a um crescimento mais elevado da população idosa com relação aos demais grupos etários. O declínio da habilidade física e mental freqüentemente associado ao envelhecimento tem implicações sociais, econômicas e com a saúde pública. O presente estudo realizado com idosos residentes no município de Batatais-SP, objetivou estudar algumas características dos idosos, a prática de exercício físico e a cognição. Pesquisou-se 400 idosos de ambos os sexos, com idade igual ou superior a 60 anos, utilizando-se um questionário estruturado;o Questionário de Atividade Física Internacional (IPAQ)-versão curta e para a avaliação cognitiva o mini-exame do estado mental (MEEM). Os dados receberam tratamento estatístico para observações de associações de variáveis através de regressão logística utilizando o procedimento PROC SURVEYLOGISTIC do programa SAS versão 9. Os resultados mostraram que 161 (40,2%) eram do sexo masculino e 239 (59,8%) do feminino. A idade média encontrada foi de 72 anos (DP= 8,3). A maioria, 62,7% dos idosos possuía baixa escolaridade com até 4 anos de estudo. Dos idosos 224(56%) morava com companheiros, sendo maior este percentual entre os homens (72,7%). Entre os que moravam com parentes verificou-se uma associação com déficit cognitivo (OR = 2,13 [1,27; 3,58]). Eram sedentários 86,7% dos idosos, sendo que as mulheres (15,5%) praticavam mais exercícios do que os homens (9,9%).Apenas 4,7% dos idosos foram classificados como ativos e 8,5% como irregularmente ativos. O uso de medicamentos foi mais freqüente entre as mulheres (89,2%). Dos idosos 40,5% de ambos os sexos não faziam nenhuma atividade intelectual. As mulheres tiveram maior participação nas atividades em grupo (58,7%). Nas atividades individuais 86,7% dos idosos realizavam de 1 a 2 atividades. A maior freqüência de déficit cognitivo foi encontrada nas mulheres (45,6%) (OR = 1,64 [1,10; 2,45]) e nos idosos com idade de 80 anos e mais 61,9% (OR = 3,26 [1,92; 5,51]). Os resultados indicam a importância da adoção de um estilo de vida saudável, com prática de exercício físico e em outras atividades de integração, que podem melhorar a qualidade de vida promovendo a autonomia dos idosos para a realização das atividades do cotidiano.