Viabilidade, segurança e aderência de um protocolo remoto de exercícios físicos e cognitivos para pessoas idosas com cognição normal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Rocha, Cristiane Peixoto Marins
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-27032023-150026/
Resumo: INTRODUÇÃO: O envelhecimento populacional e a expectativa de aumento de declínio cognitivo e demências entre as pessoas idosas geram a necessidade de investigar intervenções que sejam eficazes para prevenir declínios funcionais. A pandemia de Covid-19 e as consequências do isolamento social aceleraram a necessidade de ampliar o conhecimento acerca de intervenções remotas e seus possíveis efeitos. OBJETIVOS: Primário - investigar a viabilidade, segurança e aderência de um protocolo remoto de exercícios físicos e cognitivos para pessoas idosas com cognição normal. Secundário - comparar duas intervenções distintas em tipo de exercícios e tempo de duração e possíveis efeitos em variáveis cognitivas e de bem-estar. MÉTODOS: foram testados dois formatos de sessões (1) aulas gravadas pelo YouTube e (2) aulas ao vivo por videoconferência. Fizeram parte do estudo 29 mulheres (idade 60 anos) de 17 municípios em 9 estados brasileiros, captadas por anúncio em rede social. Foram divididas por randomização estratificada pelo critério de nível de prática de atividade física medido pelo IPAQ em grupo experimental (GE = n 15) e grupo controle (GC = n 14). O GE realizou sessões de 40 minutos de um protocolo combinado de exercícios cognitivos, de força, aeróbios e de flexibilidade, e GC realizou sessões de 20 minutos de alongamentos e mobilização articular. Ambos os grupos realizaram 40 sessões, duas vezes por semana, sendo 20 de cada formato. O 10-Cognitive Screener (10-CS) e Questionário de Atividades Funcionais foram utilizados para rastreio do status cognitivo. Os testes de fluência verbal, teste de dígitos ordem direta e inversa, o Mini-Exame do Estado Mental (os três respondidos por telefone), a escala de depressão geriátrica (GDS) e a escala de bem-estar (WHO-5) foram feitos no pré e pós-intervenções. RESULTADOS: Não houve diferença na aderência entre os grupos e formatos. A aderência geral média foi de 82,25% no GE e 74,29% no GC e 100% das participantes tiveram um bom nível de satisfação. A ocorrência de eventos adversos (dores musculares leves) foi de 33,3% no GE e 21,4% no GC. O GE teve melhora significativa em fluência verbal e atenção e ambos os grupos tiveram melhora significativa nos sintomas depressivos. CONCLUSÕES: O presente estudo atendeu aos critérios preestabelecidos para a viabilidade, segurança e aderência do programa remoto de exercícios oferecido. Os resultados sugerem que o protocolo combinado entre exercícios físicos e cognitivos (GE) tenha maior potencial de aprimorar funções cognitivas. Ambas as intervenções foram benéficas para aprimorar a percepção subjetiva de bem-estar