Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Seino, Caroline Harumi |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10136/tde-25092019-122455/
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Resumo: |
A mastite é uma das principais enfermidades registradas na caprinocultura leiteira e gera impactos na sanidade da glândula mamária e na qualidade do leite. Apresenta-se predominantemente com sintomas clínicos inaparentes e, por esse motivo, realiza-se o diagnóstico dessa afecção por meio da avaliação do leite utilizando-se métodos diretos, na identificação do agente etiológico, e indiretos, como o \"California Mastitis Test\" (CMT) e a Contagem de Células Somáticas (CCS). Entretanto, o diagnóstico por meio do CMT e da CCS nessa espécie animal deve ser cautelosa devido a algumas peculiaridades do leite das cabras, sendo recomendado a associação desses métodos com o exame microbiológico, o que nem sempre é possível. Frente às limitações dos meios diagnósticos empregados, ressalta-se a termografia infravermelha como um recurso aplicável na prática e cujo potencial na avaliação de processos inflamatórios da glândula mamária já foi demonstrado em estudos recentes nos bovinos. Diante disso, objetivou-se avaliar a utilização da câmera infravermelha como ferramenta auxiliar na identificação de infecção intramamária em caprinos. Para tal, avaliou-se 267 metades mamárias (134 cabras leiteiras), distribuindo-as de acordo com o resultado do exame microbiológico do leite, em grupo \"controle\" (metades mamárias com cultura microbiológica negativa) e grupo \"mastite\" (metades mamárias com cultura microbiológica positiva). Padronizou-se a vista caudal do úbere de todos os animais como aquela para se obter as imagens termográficas. Na avaliação dos termogramas obteve-se as temperaturas superficiais do úbere (TSU) dos animais, considerando-se a temperatura máxima (Tmax) e temperatura média (Tmed). Com a finalidade de delimitar uma área da região anatômica a ser mensurada, foram propostos métodos que utilizam três figuras geométricas de análise (círculos, linha e elipse). Inicialmente realizou-se a avaliação da TSU das glândulas mamárias do grupo controle (174 metades mamárias) por meio de modelo estatístico multivariável. Os resultados indicaram que a \"Tmed elipse\" e \"Tmed círculo ápice\" representavam os dois melhores métodos de avaliação da TSU e identificou-se os fatores que influenciavam a TSU como fase de lactação, temperatura retal, presença de pelos e diagnóstico para o vírus da artrite-encefalite caprina (CAE). A partir desses resultados, comparou-se a TSU dos grupos experimentais, por meio de modelos lineares mistos, ajustados com base nas variáveis explanatórias. Não se observou uma diferença estatisticamente significativa entre os grupos experimentais, demonstrando-se que a termografia infravermelha não identificou diferença nas temperaturas das metades mamárias de cabras com cultura microbiológica positiva. Entretanto, inesperadamente, observou-se que a temperatura dos animais soropositivos para CAE eram maiores que aquelas dos animais soronegativos, independente da presença de infecção intramamária. Isso demonstra uma possível aplicação da termografia infravermelha na avaliação dessa enfermidade e instiga à pesquisas futuras devido a importância dessa enfermidade para a caprinocultura. |