Uso da termografia na avaliação clínica de cães e gatos cardiopatas.
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33905 |
Resumo: | Objetivou-se com esta dissertação buscar a utilização da imagem termográfica na clínica de cães e gatos. Para tanto a mesma foi dividida em dois capítulos. O capítulo I aborda uma síntese qualitativa mediante a realização de uma revisão sistemática de literatura sobre o uso da termografia de infravermelho na clínica de pequenos animais, possibilitando subsídios para estudos futuros quanto a essa temática. Nesta realizou-se a pesquisa nas bases de dados Periódicos Capes, Google Acadêmico (GA), National Library of Medicine (PubMed) e Web of Science. Diante disto, houve a combinação de termos em inglês, que foram: “thermographic images OR thermographic imaging AND canine OR dogs AND feline OR cats.”, empregando a forma de pesquisa específica de cada plataforma, em português ou inglês, originários do Brasil ou qualquer outro país, que descrevessem a utilização da imagem termográfica na clínica de pequenos animais. Os dados sobre essa tecnologia em pequenos animais ainda são poucos esclarecidos. Concluiu-se que a termografia mostra-se como um recurso prático e não invasivo que fornece informações até então obtidas apenas por meio de exames invasivos, ou de alto valor financeiro e alta complexidade. Enquanto que o capítulo II mostra um projeto de pesquisa demostrando a aplicabilidade desta tecnologia nas cardiopatias crônicas e agudas em cães e gatos. Os animais foram selecionados a partir da rotina da Clínica Médica de Pequenos Animais do Hospital Veterinário Universitário Prof. Ivon Macedo Tabosa (UFCG), com sinais clínicos de insuficiência cardíaca congestiva, onde foram avaliadas as patologias: degeneração valvar mitral, hipertensão arterial pulmonar, fibrilação atrial, taquicardia ventricular e tromboembolismo arterial felino. Realizou-se os exames cardiovasculares de eletrocardiografia (ECG), ecodopplercardiografia (ECO), aferição da pressão arterial (PA) sistólica, média e diastólica e captura da imagem termográfica. Acompanhou-se a evolução clínica após instituição do tratamento com a análise destes parâmetros por quinze dias, no momento da consulta, sete dias após início do tratameto e quinze dias após início do protocolo terapêutico. Os parâmetros fisiológicos e as pressões arteriais não apresentaram alterações. Os resultados eletrocardiográficos sucederam-se com fibrilação atrial e taquicardia ventricular em dois animais no momento do diagnóstico, um com degeneração valvar mitral e outro com neoplasia extra cardíaca, essas duas alterações foram corrigidas terapeuticamente. No ECO apresentou-se remodelamento atrial e aumento da cavidade do ventrículo esquerdo em diástole nos animais com degeneração valvar mitral, e redução na fração de ejeção dos dois animais com arritmias no primeiro momento. Após quinze dias de tratamento os animais com diagnostico de arritmia já apresentavam ritmo sinusal e fração de ejeção com valores desejáveis. O felino com tromboembolismo não foi possível realização do ecocardiograma, pois esse teve morte súbita 48 horas após o diagnóstico. A imagem termográfica não apresentou diferença de temperatura superficial entre as regiões estudadas nos cães e também diferença entre os momentos logo após o diagnóstico e quinze dias após tratamento O felino acometido de tromboembolismo arterial demostrou diferença da temperatura superficial entre os membros pélvicos, comparados com os membros torácicos e região abdominal. Concluiu-se que a termografia nos cães não mostrou a mesma eficiência nas alterações circulatórias crônicas nem tampouco foi possível realizar diagnóstico precoce de 8 alterações compensatórias circulatórias já existentes, não sendo uma ferramenta indicada para pacientes com ICC na fase crônica. Contudo, para gatos acometidos de tromboembolismo, a termografia parece ser um método útil, fácil, não invasivo e instantâneo para a detecção de tromboembolismo. De acordo com os dados obtidos concluiu-se com esta dissertação diversas aplicabilidades desta ferramenta em patologias agudas. Porém em patologias crônicas, como a insuficiência cardíaca congestiva, não se tem bons resultados até o momento, sendo necessárias mais estudos em vários tópicos relacionados a termografia. Dentre eles a padronização de imagens termográficas em pequenos animais. |