Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Uechi, Fabrizio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8150/tde-26042019-125217/
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Resumo: |
Nesta dissertação de mestrado, o objetivo é analisar a democracia no livro Ensaio sobre a cegueira do escritor português José Saramago. Analisa-se a democracia fora de seu estereótipo jurídico-institucional, propondo-se compreendê-la sob o pressuposto da igualdade e enquanto realização da política, conforme proposto pelo filósofo franco-argelino Jacques Rancière. A hipótese da qual se parte neste trabalho, então, é a de que há nesse romance duas dimensões, uma estética e outra política, cuja interação resulta numa obra literária caracterizada pela manifestação da voz de personagens que representam indivíduos considerados portadores da não-palavra. Ou seja, a democracia se manifesta no livro de Saramago na medida em que são expostos e combatidos na história os mecanismos de produção de desigualdade, que determinam os modos de ver, pensar e dizer de cada personagem, segundo a parte do espaço e tempo destinados na partilha do sensível da comunidade. Para tanto, como suporte teórico, além das contribuições do filósofo franco-argelino, são trazidas as contribuições de Michel Foucault, Susan Sontag, Norberto Bobbio, Platão, Aristóteles, dentre outros. Almeja-se, com esta dissertação, promover a discussão sobre a democracia, a partir de um livro considerado pela crítica literária como um marco estético-político na obra do escritor. |