Elementos para uma teoria política kaiowá e guarani

• Ano de defesa: 2012
• Autor(a) principal: Pimentel, Spensy Kmitta
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: Amerindian networks/meshworks; Amerindian political forms; Anarchist anthropology; Antropologia anarquista; Antropologia política; Autonomias indígenas; Conflitos de terra no Brasil; Conselhos; Cosmopolítica; Cosmopolitics; Councils; Direitos humanos; Ethnographical theory; Formas políticas ameríndias; Genocide; Genocídio; Guarani; Human rights; Indigenous autonomies; Kaiowá; Land struggle in Brazil; Political anthropology; Redes ameríndias; Teoria etnográfica; Zapatismo; Zpatism
• Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-28022013-094259/

O trabalho busca compor uma teoria etnográfica da política kaiowá, o que significa dizer que, a partir do trabalho de campo, elabora um modelo de compreensão dos movimentos coletivos desses indígenas de língua guarani e de suas formulações a esse respeito as quais, na tradução proposta aqui, corresponderiam, em parte, ao que nós, ocidentais, entendemos como política (estabelecendo, ainda, conexão com o que se vem denominando cosmopolítica). As formas políticas em análise aqui estão agrupadas em torno de três figuras de maior rendimento para a exposição: tendotá, johexakáry e aty. Por vezes, as formulações dizem respeito também aos Guarani de MS (falantes de ñandeva), uma vez que parte da pesquisa os alcança, e parte não. Para que sejam mais bem compreendidas, mostramos como essas formas podem ser postas em diálogo com relatos sobre diversas experiências políticas ameríndias, de grupos como os Tupinambá quinhentistas, os Iroqueses e os Maya de Chiapas, México. O trabalho também discute como a noção de redes sociais pode ajudar a repensar a versão canônica da história da região hoje habitada pelos Kaiowá e Guarani, o sul de Mato Grosso do Sul.