Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Santos, Lucas Keese dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-29062017-111237/
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Resumo: |
Este trabalho pretende discutir como as relações com a alteridade operam politicamente entre os Guarani Mbya; de que maneira os seus movimentos, como a esquiva, conformam modos políticos de conduzir a incorporação do exterior, transformando posições e relações de poder. Tomado primeiramente a partir da dança do xondaro, personagem que remete a diferentes funções e a uma forma de relação, o movimento da esquiva irá além para ajudar a pensar as dinâmicas entre corpos, coletivos e mundos, contribuindo para suspender oposições exclusivas entre resistência e fuga. A esquiva (jeavy uka fazer errar) surge como um movimento nem exclusivamente positivo, nem negativo. Em termos políticos: não submete e tampouco deixa se submeter. A análise aborda também a prática da enganação conforme ela aparece em narrativas mitológicas guarani, cuja operação revela um mecanismo de crítica política na mitologia. Ao final, após revisitarmos oprocesso histórico da resistência guarani, chegamos ao contexto contemporâneoda luta indígena pelas demarcações, na qual desdobram-se atualizações de figuras-chaves da política ameríndia, como o xamã e o guerreiro. Assim, seja no passadoou no presente, busco demonstrar como a esquiva guarani é um movimentocapaz de produzir, de forma concomitante, possibilidades de resistência opostas einterdependentes. |