Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Levai, Laerte Fernando |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8150/tde-23062017-125631/
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Resumo: |
A obra contística de José Rodrigues Miguéis, construída toda ela sob o signo do exílio, traz a marca da ambivalência nas cinco coletâneas publicadas uma a cada década de sua vida literária: Onde a Noite se Acaba (1946), Léah e Outras Histórias (1958), Gente da Terceira Classe (1962), Comércio com o Inimigo (1973) e Pass(ç)os Confusos (1982, póstuma). O tempo convulso e o espaço de desfazimentos que permeiam a diegese projetam, à luz da teoria de Bakhtin desenvolvida em Questões de Literatura e de Estética (A Teoria do Romance), configurações cronotópicas capazes de suscitar a imagem do estrangeiro em busca de um lugar de realização. É pela porta dos cronotopos que se vê o ciclo desventurado do sujeito migueisiano, cuja sina marcada pela viagem-desencontro-agonia irmana-se à dinâmica do exílio social-psicológico-metafísico. Em uma época de tantas guerras e tiranias, onde a realidade do não-lugar contrapõe-se ao sonho da reintegração, ao emigrante desterrado de si mesmo e do mundo resta a memória forte ou a arte para recuperar aquilo que perdeu. Nesse cenário de incertezas o estigma do despertencimento ultrapassa a contingência pessoal dos narradores ou personagens centrais para se tornar um elemento simbólico da condição humana. |