O cronotopo literário e os livros ilustrados de Odilon Moraes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Linard, Joyce Aparecida da Silva [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/258479
Resumo: A presente dissertação é resultado da pesquisa de Mestrado Acadêmico, desenvolvida junto ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Filosofia e Ciências – UNESP – Câmpus de Marília/SP, com orientação da Professora Dra. Cyntia Graziella G. S. Girotto, articulada com a Linha Teoria e Práticas Pedagógicas e juntamente com o grupo de estudos CEPLLI (Centro de Estudos e Pesquisas em Linguagem, Literatura e Infância). Compreendendo a importância da Literatura Infantil para a formação do leitor literário mirim e a necessidade de proporcionar o acesso com as múltiplas e diversas narrativas literárias, os estudos abordam a transposição para uma nova versão - em outro suporte, no formato de livro ilustrado - de obras clássicas da literatura brasileira. Assim, a pesquisa teve como objetivo geral, analisar novas versões de livros clássicos para o formato livro ilustrado (de autoria de Odilon Moraes), no cronotopo do grande tempo, e sua contribuição para a formação de novos leitores. Esse objetivo dirigiu-se para o processo de buscas de respostas para o seguinte problema de pesquisa: como novas versões de livros clássicos no formato livro ilustrado, no cronotopo do grande tempo, contribuem para a formação de novos leitores? Entende-se que resgatar obras clássicas, mas com uma “nova roupagem”, no caso, em livros ilustrados, acaba por proporcionar uma nova interação entre leitor e obra, despertando para algo já escrito em outro momento da história, num cronotopo mais amplo, do grande tempo, mas com um novo apelo estético que incide no pequeno tempo da infância. Em um período que tudo se torna volátil, é inegável a necessidade de proporcionar o contato desses pequenos leitores em formação com os livros ilustrados e que podem despertar e aguçar a curiosidade desses aprendizes de leitores para esse objeto relativamente novo no contexto das escolas, quando falamos da história da produção de livros de infância. A descoberta do novo em obras do passado oportuniza um adensamento na formação das crianças já como leitores críticos, pensantes e questionadores em livros cheios de elementos a serem desvendados. Para atingir os objetivos almejados, realizou-se a metodologia teórico-bibliográfica com análises das obras em suas novas versões e concretizadas pelo autor e ilustrador e também, revisão de literatura em teses e dissertações desenvolvidas na área, obtido por meio de buscas no banco de dados do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia - IBICT. O referencial teórico foi respaldado nos estudiosos russos do círculo bakhtiniano do século XX (Bakhtin e Volóchinov) fundamentados na importância do dialogismo, e do cronotopo; base para o cotejo entre os pesquisadores da área da leitura e da Literatura infantil, notadamente, os que debruçam sobre a formação de leitores e sobre a linguagem visual dos livros ilustrados como: Moraes, Arena, Linden, Nikolajeva e Scott, Oliveira, Medeiros, entre outros teóricos. Como resultado dos estudos, os livros ilustrados firmam-se como objetos culturais criadores de necessidades humanizadoras de leitura literária junto às crianças, tanto quanto contribuem para a formação do leitor mirim, permitindo com isso um maior alargamento de diálogos em obras inseridas e dispostas em outros cronotopos.