Associação entre Doença Arterial Coronariana e Demência Vascular definitiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Machado, Selma Pinheiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-24072019-160109/
Resumo: Introdução: As Doenças Cardiovasculares (DCV) têm sido implicadas como fatores de risco para demência em idosos. Estudos clínicos demostraram que existe associação entre a história de Doença Arterial Coronariana (DAC) e demência, notadamente a Demência Vascular (DV). A associação de DAC prévia com a DV definitiva ainda não foi estudada. Objetivo: Verificar qual a frequência de DAC prévia em indivíduos com DV e verificar se existe associação entre DAC e DV definitiva. Método: Trata-se de um estudo observacional em corte transversal onde 707 casos foram submetidos à autópsia encefálica e exame neuropatológico. O histórico de saúde (dados demográficos, clínicos e perfil cognitivo, comportamental e funcional) foram obtidos por meio de entrevista clínica com informante imediatamente após o óbito, mediante consentimento informado. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva e foram usados testes de associação e comparação de médias e medianas. Assumindo a DV como variável dependente e a DAC como variável independente, foi construído um modelo de regressão logística para obter o Odds Ratio (OR) da DAC em relação à DV. Resultados: Dos 707 casos, 50,6% eram homens e a idade média foi 73,16 ± 11,79 anos. A frequência de DV definitiva foi de 37,6% e 18% dos pacientes com DV tiveram DAC prévia. O OR da DAC para predizer DV definitiva foi de 1,57 vezes (IC 95% 1,0002,467; p<0,05). Conclusão: A DAC prévia está associada à DV definitiva, aumentando sua chance de ocorrência em 1,66 vezes. Estudos que analisem a interação entre DAC e outros fatores de risco cardiovascular (FRCV) como preditores de DV definitiva são necessários, com vistas à melhor elucidação não só do papel de cada fator associado à ocorrência de DV, como também dos mecanismos fisiopatológicos envolvidos que futuramente favorecerão a implementação de estratégias de prevenção e controle de DV em idosos.