Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Attílio, Luccas Assis |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12138/tde-13042023-193026/
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Resumo: |
Esta tese é composta por 5 artigos que examinam o processo de estagnação secular nos EUA, na Zona do Euro e no Japão com a utilização do GVAR. O primeiro capítulo avalia 5 dos principais fatores levantados pela literatura para explicar a estagnação (quedas da demanda por investimento, do progresso tecnológico, do crescimento populacional e do preço do investimento, e aumento da desigualdade de renda). As estimativas indicam que o enfraquecimento da demanda por investimento foi o principal fator que contribuiu para gerar o cenário de baixo crescimento do produto conjugado com taxas de juros e de inflação declinantes, seguido pela desaceleração do progresso tecnológico. Os demais fatores variaram de acordo com as regiões. A análise do efeito spillover indicou que a estagnação secular dos EUA pode ser transmitida tanto para a Zona do Euro quanto para o Japão. O capítulo 2 apresenta um novo fator que poderia ter contribuído para a formação da estagnação secular, a produtividade da pesquisa. Choques negativos sobre esta variável produziram flutuações que convergem com o padrão retratado pela estagnação secular, como quedas do produto e das taxas de juros e de inflação. Todavia, ao contrastar este choque com choques domésticos, os últimos mostraram proeminência em explicar oscilações domésticas. Finalmente, a análise de cointegração mostrou que há relações de longo prazo significativas entre a produtividade da pesquisa e o nível do produto. O capítulo 3 prossegue com a análise da produtividade da pesquisa. Verificado que a sua queda auxilia na formação da estagnação secular, utilizou-se o GVAR para captar os efeitos de spillover sobre as regiões de economias de mercado emergentes (EME), a América Latina (AL) e a Ásia. Resultados próximos aos retratados sobre as regiões centrais de estagnação secular foram observados nas EMEs. Adicionalmente, as análises de correlações contemporânea e de cointegração sugerem significativa integração econômica entre as EMEs com a economia mundial. Especificamente, oscilações da PTF e do investimento internacional e da produtividade da pesquisa são acompanhados por flutuações do produto das EMEs. Consequentemente, as EMEs não estão isentas de sofrerem efeitos depressivos advindos da estagnação secular. Os capítulos 4 e 5 avaliam as políticas fiscal e monetária nas regiões de estagnação secular, respectivamente. O capítulo 4 enfraquece a hipótese de limiares da dívida pública minando a potência do gasto do governo em expandir o produto. Os multiplicadores obtidos se distanciam do esperado, principalmente o da Zona do Euro, com valor superior à unidade, quando os trabalhos da hipótese de limiar da dívida sugerem valor nulo ou negativo. O capítulo 5 testou o quantitative easing (QE) e apresentou resultados normalmente vistos na literatura: o QE influencia os mercados financeiros, o mercado de trabalho e o produto. Todavia, a análise de decomposição da variância mostrou que, para os EUA, desde quando a sua taxa de juros atingiu o limite inferior (2009), a potência do QE em explicar o produto se reduziu em comparação com o período prévio ao Zero Lower Bound (ZLB). Nestes dois capítulos foram testadas políticas econômicas alternativas às políticas fiscal e monetária. O capítulo 4 mostrou que a política de aumento do investimento em capital físico coordenada seria mais eficaz em retirar essas regiões da estagnação secular do que a política fiscal, enquanto o capítulo 5 simulou um choque de produtividade nos EUA, com resultados mais favoráveis do que os advindos do QE. Estas simulações oferecem alternativas de políticas de demanda (investimento) e de oferta (produtividade) para combater a estagnação secular. |