Tamanho, distribuição espacial e cobertura vacinal de gatos domiciliados no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva Filho, Aluisio Pereira da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-26082020-084755/
Resumo: A transmissão da raiva de gatos para humanos pode ser evitada pela vacinação desses animais. Sendo assim, a ocorrência de casos humanos decorrentes da transmissão felina reflete cobertura vacinal insuficiente. Para determinar a cobertura vacinal mínima a ser alcançada, é necessário calcular a cobertura vacinal, o que requer estimativas precisas da população exposta. No Brasil, não existem relatos da precisão das estimativas do tamanho da população felina do país e, tampouco sobre a cobertura vacinal contra a raiva. No presente estudo utilizaram-se dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2013 (PNS), compreendendo 64.348 domicílios, para calcular as estimativas pontuais e os intervalos de confiança do total de gatos, densidade domiciliar e cobertura vacinal contra raiva dos domicílios com gatos nas unidades federativas brasileiras. A população estimada foi de 22.070.633 (95% CI = 21.252.615 - 22.888.651) e a cobertura de vacinação em gatos foi de 65,63% (IC 95% = 63,85 - 67,41). Ambas as estimativas foram calculadas para estratos rurais e urbanos e tiveram variação entre as unidades federativas. A estimativa da cobertura domiciliar da raiva para o país foi inferior a 70% e em 92,5% das unidades federativas a estimativa pontual da cobertura foi inferior a 70%. Isto correspondeu a 79% da população humana vivendo em áreas com cobertura inferior a 70%. A extrapolação da razão humano/gato e da média de gatos por domicílio gerou erros relativos na estimativa da população felina de até 410%. Embora as estimativas da cobertura vacinal calculadas a partir do desenho amostral tenham sido precisas no nível nacional (erro inferior a 2 pontos percentuais), no nível estadual a média dos erros foi de 140% e chegou a 410%. Uma situação semelhante aconteceu com outros parâmetros estimados. A consideração dos gatos na PNS permitiu uma caracterização populacional de abrangência sem precedentes, para auxiliar o manejo da população e da saúde dos gatos domiciliados. No entanto, a caracterização das populações de gatos domiciliadas possui limitações adicionais em comparação com os cães: são necessárias metodologias de estimação alternativas para atingir precisões equivalentes às observadas em cães, bem como valores de referência da cobertura vacinal mínima efetiva para interpretar as estimativas da cobertura vacinal.